“O agronegócio será o maior beneficiário com o 5G,” diz ministro das Comunicações

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“O agronegócio será o maior beneficiário com o 5G,” diz ministro das Comunicações

17/03/2021

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Imagem: Agência Brasil

 

Embora nos últimos anos a presença da internet na zona rural tenha avançado graças a democratização do acesso, ainda há imensos vazios de conectividade no campo brasileiro. Para vencer essas áreas de sombra, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, disse na última semana, durante reunião com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que o 5G plus – internet das coisas – estará disponível em todos os 26 estados e o Distrito Federal até junho de 2022.

 

Segundo o ministro, o edital para o leilão do 5G foi aprovado em 25 de fevereiro pelo Conselho Diretor da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e encaminhado para análise do Tribunal de Contas da União. “Estamos a cerca de 100 dias para que ocorra o leilão do 5G no país. As teles que vão participar são a Claro, a Vivo e a TIM”, disse.

 

Durante a reunião, conduzida pelo presidente da FPA, Sérgio Souza (MDB-PR), Faria reforçou que o governo tem compromisso com a celeridade nas etapas do leilão do 5G e que o agronegócio será o maior beneficiário com a conectividade no país.

 

“Para expandir a conexão no Brasil, o ministério definiu que todas as localidades com mais de 600 habitantes devem receber, no mínimo, o sinal de 4G, de forma escalonada a partir do ano que vem até 2028.” Dentro dessa proposta, também haverá investimento no programa Norte Conectado, estimado em R$ 1,5 bilhão, que atenderá cerca de 10 milhões de habitantes da região. “Hoje nós temos 16 mil localidades acima de 600 habitantes, desse total temos ainda cerca de 3500 localidades sem acesso à internet que vamos regulamentar a partir 2022.”

 

Membro da FPA, o ex-presidente deputado Alceu Moreira (MDB-RS) destacou a importância de a internet das coisas chegar as pequenas e médias propriedades. “A conectividade está para a produção rural como a água e o sol, se demorar cinco a seis anos para chegar, a grande propriedade vai acabar comprando todas as outras e, com isso, gerar concentração de riqueza. Precisamos democratizar esse processo,” argumentou.

 

O ministro respondeu que enquanto não chega à internet 5G, o Ministério das Comunicações, em parceria com a pasta da Agricultura, está ampliando o acesso de conectividade para todas as regiões urbana e rural, por meio do programa Wi-fi Brasil. “Fizemos um grupo de trabalho com a ministra Tereza Cristina e estamos levando internet para 175 localidades no prazo de 120 dias. Até agora já atendemos 10 mil escolas rurais e 1500 unidades de saúde.”

 

Internet nas rodovias

Entre as aplicações práticas do 5G, Faria citou para os parlamentares da FPA a importância da conectividade para atender o agronegócio, que vai possibilitar o avanço da produção, escoamento, e trânsito dos veículos nas rodovias. “Uma das obrigações que eu considero relevante no projeto são 48 mil km de rodovias federais que terão internet 4G funcionando, já a partir do ano que vem, de ponta a ponta, desde a plantação no campo até a venda ao consumidor final, 100% interligada,” explica.

 

Preocupado com os próximos passos para a operacionalização da internet 5G no Brasil, o presidente da FPA, deputado Sérgio Souza, marcou reunião na próxima terça-feira (23) com o ministro das Comunicações, Fábio Faria, e as operadoras (Claro, Vivo e Tim) para tratar da conexão rural. “A FPA vem fazendo um trabalho, junto ao Ministério das Comunicações para fazermos investimentos de infraestrutura com os recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações – FUST – na área rural,” declarou Sérgio Souza.

 

O parlamentar explicou que um dos enfretamentos para a ampliação da internet no campo é a falta da não publicação do decreto que regulamenta o FUST, pelo governo federal, junto as normas do BNDES, e a indisponibilidade da banda 700 MHz – a mesma utilizada na cidade – para os pequenos provedores de internet aproveitarem oportunidades da tecnologia 5G.

 

“Essa tecnologia proporciona a redução de custos e ganho de produtividade com alcances de cobertura nas áreas rurais ou remotas, podendo atingir milhares de hectares com apenas uma simples infraestrutura,” completou.

 

Fonte: Jornal Cana

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