(01/03/23) StoneX: Açúcar & Etanol

Notícias do Mercado

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(01/03/23) StoneX: Açúcar & Etanol

01/03/2023

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Fechamento SBK23 (28/02): 20,07 (-22 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,96 / 19,64
Resistência: 20,39
Cotação neste momento (SBK3): 20,24 (+17 pts)

 

Quem trabalha no mercado de açúcar e etanol não pode reclamar de monotonia. Se não bastasse a expiração da tela mar-23 em NY e notícias vindas da Conferência do Açúcar de Dubai, tivemos mudanças importantes nos combustíveis.

 

Vamos começar pelo açúcar. Em seu último pregão o mar-23 renovou máxima em 22,36 c/lb e terminou o dia cotado a 22,08 c/lb. Dados não oficiais apontam para entrega física menor do que nos últimos anos, de 11.551 contratos (587 mil tons). O volume baixo, mesmo com o spread mar-mai23 bastante invertido (aprox. 200 pontos), ou seja, grande incentivo para entrega imediata, é um indício de disponibilidade restrita de açúcar.

 

Assim é possível que a tela mai-23 siga operando com suporte, e não descartamos, inclusive que este contrato possa buscar os patamares negociados por seu antecessor. Adicionando a este momento do mercado destacamos sentimento mais altista entre os participantes da Conferência de Dubai. 

 

Ontem também, tivemos notícia de que a Associação de Produtores de Beterraba da França estima queda entre 6% e 7% da área plantada para a próxima safra, a menor desde 2009. Por outro lado, temos como elementos mais baixistas para preços expectativa de menor demanda na China e Indonésia, e claro, a boa safra esperada para o Centro Sul.

 

Com relação aos combustíveis, o governo anunciou a volta parcial do PIS/Cofins dos combustíveis, que valerá por 4 meses e será compensada pela taxação das exportações de petróleo. A mudança foi oficializada hoje por MP publicada no DOU, que surpreendeu ao dar a entender que a mudança será sobre a gasolina A e não C, o que na prática melhora menos a paridade do que se imaginava. A medida ainda poderá ser questionada. O imposto do etanol ao produtor aumentará 2 centavos/litro e na gasolina A o incremento será de 47 centavos/litro, parcialmente anulado pelo reajuste negativo de 13 centavos na gasolina A anunciado ontem pela Petrobras.

 

Calculamos que as mudanças trariam a paridade nas bombas de 75,2% em SP para 71,6%, aproximadamente (assumindo demais variáveis inalteradas). Com atualização do PMPF, que é usado para cálculo do ICMS, a paridade viria para a casa dos 70%.

 

Embora a notícia tenha sido comemorada pelos produtores de etanol, o retorno parcial dos impostos deixará a paridade em situação muito parecida com a que teríamos com o retorno integral dos mesmos. Ou seja, provavelmente teremos um impacto na paridade em linha com o esperado, porém a forma em que foi dada a notícia à população pode contribuir para a migração de consumo para o hidratado.

 

Este cenário, em conjunto com estoques abaixo do ano passado e receios com relação ao clima em março podendo prejudicar o início da safra podem manter suporte aos preços, pelo menos na primeira quinzena do mês. Com relação à influência dessa mudança sobre o mix de produção do Centro Sul e o mercado de açúcar, destacamos que o preço do hidratado equivale em média a valor entre 16 e 17 c/lb base NY. Ou seja, o adoçante ainda paga prêmio muito superior, o que deve manter mix bastante voltado ao açúcar.

 

 

Fonte: StoneX

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