Fechamento SBK21 (31/mar): 14,92 c/lb (-15 pts)
Viés do dia: Misto/Altista
Suporte: 14,60
Resistência: 15,04
Neste momento SBK21: 14,86 c/lb (+9 pts)
Nesta quarta-feira, mesmo com um cenário macro relativamente favorável e fortalecimento do Real, os futuros do demerara em NY registaram baixa ao longo de praticamente toda a curva futura, com exceção dos dois contratos mais distantes. A maior queda ficou com o contínuo (SBK1), que num curto intervalo de tempo sofreu uma pressão vendedora logo no fim da sessão e foi à mínima de 14,67 c/lb, mas se recuperou no fechamento e encerrou com queda de 1,01%.
O movimento parece ser guiado principalmente por questões técnicas, à medida que os Specs seguem um movimento consistente de liquidação de posições. O fato de os RSIs se posicionarem em patamares baixos, além do nível atual de mercado estar bem aquém das médias-móveis de curto e médio prazo, levam a crer que uma correção para cima no curto prazo é provável.
No Brasil, vale a pena manter no radar a questão dos line-ups do porto de Santos. Isso porque o volume para grãos e açúcar somados atingiram patamares máximos para a série histórica, com 6,725 MMT aguardando embarque. Essa questão pode pressionar o ritmo de escoamento das exportações brasileiras, e talvez o tradeflow mundial de curto prazo.
Na Índia, a ISMA divulgou hoje os dados de produção de açúcar do país até o fim de Março: 27,76 MMT no acumulado da temporada 20/21, aumento em relação ao mesmo período do ano anterior de 19%. Referente às exportações, cerca de 4,6 MMT já foram contratadas até então; a recente notícia de que o Paquistão abriu uma cota de importação de 0,5 MMT, e removeu a proibição de comércio de açúcar com a Índia, leva a crer que a meta estabelecida pelo governo indiano deve ser atingida mais facilmente agora com essa abertura.
No mercado de combustíveis, após a queda livre observada nos preços do etanol, as cotações na B3 e spot do biocombustível voltaram a se fortalecer e ter liquidez de negócios. O indicador StoneX para o hidratado fechou ontem à R$ 2,85, inclusive com negócios executados na casa dos R$ 2,90 (PVU RP-SP).
Amanhã, por conta do feriado de Sexta-feira Santa, não teremos pregão na ICE NY, na ICE Europe e nem na B3.
Dólar
Fechamento (31/mar): R$ 5,6344 (-2,44%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,55
Resistência: 5,74
Dollar Index: 93,17 (-0,03%)
O dólar registrou forte recuo na sessão desta quarta-feira, influenciado pela disputa entre os participantes do mercado pela formação da Ptax de março, que desencadeou certa correção no cambio frente as altas recentes. No cenário internacional, o real teve certo alívio com movimento macro da divisa americana perdendo terreno ante emergentes. No cenário interno, corroborando com o movimento, tivemos a aprovação pela Anvisa do uso emergencial da vacina da Janssen e o cancelamento de parte das despesas com emendas parlamentares no Orçamento de 2021.
O congresso brasileiro começou a sinalizar soluções para o imbróglio orçamentário de 2021, e ontem, o relator do orçamento, Márcio Bittar, anunciou ao presidente da República já ter cortado R$ 10 bilhões das emendas parlamentares; restando assim, R$ 21 bilhões de cortes para que a proposta se encaixe no teto de gastos, e o governo federal segue estudando medidas para atingir essa meta. Ademais no Brasil, seguimos acompanhando os números da pandemia e o ritmo da campanha de vacinação, que seguem exercendo influência na volatilidade do mercado cambial.
Hoje o mercado acionário americano amanhece em alta, com ânimo com o pacote de 8 anos de infraestrutura que está por vir nos EUA, e foi inicialmente apresentando ontem pelo Biden, e por dados econômicos positivos ao redor do mundo, com PMI da zona euro e índice da manufatura no Japão vindo acima das expectativas. Por um lado, esse otimismo internacional pode segurar um movimento de correção altista no dólar, enquanto por outro, um receio de segurar ativos de risco no feriadão pode levar a saída de moedas emergentes.
Fonte: StoneX