(01/04/22) StoneX: Açúcar & Etanol

Notícias do Mercado

Notícias do Mercado

(01/04/22) StoneX: Açúcar & Etanol

01/04/2022

Compartilhe:

Fechamento SBK22 (29/mar): 19,49 c/lb (+ 2 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,30 e 19,18
Resistência: 19,41 e 19,60

   
Neste momento SBK22: 19,29 (- 20 pts)

 

O preço do açúcar na quinta-feira encerrou em leve alta, como parte do movimento de recuperação do recuo do início da semana. Nessa manhã, o mercado apresenta queda, ante à divulgação dos dados de Payroll nos EUA (que impacta as expectativas de aumento de juros pelo FED). No mercado de petróleo, o anúncio estadunidense de liberação do uso da reserva emergencial se contrapõe à exigência russa de venda de petróleo e gás em rublo. O Brent trabalha próximo da estabilidade nessa manhã, cotado em US$ 104,03/barril (-0,68%).

 

O petróleo e a gasolina devem continuar apresentando volatilidade nas próximas semanas. Permanecendo em níveis que incentivem as usinas no Brasil e na Índia a transferir mais de sua moagem para a produção de etanol, os suportes de curto prazo para o açúcar devem continuar reforçados. Suporte para curto prazo para o açúcar de maio é de 19,30 e 19,18, com 19,41 e 19,60 como próximas resistências.

 

A plantação de beterraba para produção de açúcar na Ucrânia corre risco de perda de 30% da área de cultivo, devido ao conflito no território. A depender do desenvolvimento das ações militares e seu impacto no preço das commodities, a área da beterraba para safra futura (23/24) pode ser destinada ao plantio do trigo. Tal dinâmica apresenta possibilidade de aumento à médio prazo da demanda por importações de açúcar na região e os países atendidos.

 

Ontem, a ANP divulgou os números de venda de combustíveis no Brasil no mês fevereiro, registrando aumento de 3,7% no consumo de ciclo otto em relação à janeiro, que totalizou 4.123.361 m³ (+5,0 % vs. fev/21). Fevereiro registrou alta de 19,5% na venda de gasolina em relação ao mesmo mês em 2021, entretanto, marcou queda de -29,8% na venda de etanol hidratado frente ao mesmo período ano passado.

 

Câmbio

Fechamento (31/mar): 4,7411 (-0,64%)
Viés do dia: misto
Suporte: 4,71
Resistência: 4,78

Dollar Index: 98,488 (+0,17%)

 

Ao último pregão do mês de março, o dólar voltou a apresentar consideráveis quedas diante do real refletindo um cenário de maior apetite por risco e levando a moeda à uma baixa acumulada de 14,55% no primeiro trimestre do ano. Em grande parte, o movimento baixista ainda tem repercutido impasses na questão da Ucrânia, com poucos avanços diplomáticos abrindo espaço para novas valorizações no mercado de commodities, assim favorecendo a moeda nacional. Além disso, com a disputa pela formação da PTAX a divisa americana apresentou significativa volatilidade na sessão, com agentes concentrando operações entre as 10 a às 13h10 para favorecer suas operações.

 

Internamente, além da manutenção do cenário geopolítico incerto que tem fortalecido o real pelos ganhos atrelados às commodities, o constante fluxo cambial a adentrar o mercado e a bolsa brasileira também tem fornecido expressivo suporte para a divisa nacional, levando o real a despontar com a maior valorização dentre os emergentes no trimestre. Vale notar que a valorização do real tem sido beneficiada pelo diferencial de juros entre o Brasil e outras economias. A desaceleração do ciclo de alta de juros pelo Copom em maio (caso se concretize) e a aceleração do ciclo de alta nos EUA tem potencial de conter o fluxo de divisas para o Brasil.

 

Nos EUA, seguindo o tom de busca por divisas de menor volatilidade em meio ao lento caminhar das negociações entre Rússia e Ucrânia, o Dollar Index avançou significativamente na última sessão ainda que em movimento contrário ao visto para com o real. Tal movimento também reflete expectativas discretamente mais otimistas dos agentes para o início do segundo trimestre do ano, mesmo que adotando certa cautela frente à véspera da divulgação de diversos indicadores nos próximos dias. Dentre os dados, hoje teremos a divulgação Payroll (9h30), Taxa de desemprego (9h30) e PMI Industrial (11h), devendo trazer considerável volatilidade ao mercado de divisas e, muito provavelmente, também repercutindo na paridade do dólar com o real. 

 

Hoje, em meio a novas rodadas de negociações por um cessar-fogo no Leste Europeu e diversas divulgações de indicadores econômicos para o 1T22, bolsas asiáticas encerraram com vieses mistos ao passo em que futuros americanos e mercados europeus também operam com relativa lateralidade na sessão. Tal cenário de cautela também tem repercutido novos ruídos originados nas exigências Russas para que o pagamento do gás vendido à Europa seja feito em rublos, sob ameaça de interrupção do fornecimento da commodity energética para a região. Diante de tudo isso, o mercado ainda deve manter considerável apreensão ao início da sessão, com novas resoluções sendo necessárias para a adoção de um posicionamento mais rígido durante o primeiro pregão do mês de abril.

 

Fonte: StoneX

MAIS

Notíciais Relacionadas