Fechamento SBN21 (28/maio): 17,36 c/lb (+34 pts)
Viés do dia: Altista
Suporte: 17,20
Resistência: 18,00
Neste momento SBN1: 17,70 c/lb (+ 34 pts)
Ontem, por conta de feriados nos EUA e Reino Unido, não tivemos negociação de açúcar nas bolsas. O petróleo tipo Brent, por sua vez, superou a marca de US$ 70/barril após registrar alta de 1,18%, no embalo de melhores perspectivas de crescimento econômico global, com a OCDE elevando suas estimativas de um crescimento e 5,6% para 5,8% em 2021, estendendo os ganhos para o açúcar hoje.
No campo dos fundamentos, chamamos a atenção para a Rússia , que ilustra bem a dinâmica do trade-flow global do adoçante. Por um lado, foram reportadas as primeiras importações de uma cota adicional de 350 mil t recentemente liberada pelo governo para cobrir o déficit produtivo no país. Por outro lado, a semeadura de beterraba já atinge 999,4 mil hectares no país, área que já supera os 927,8 mil ha no ano passado, devendo ficar pouco acima de 1 milhão ha, o que corrobora a expectativa de um alívio de oferta no hemisfério norte em 2021/22. Na Índia , a produção acumula 30,57 MMT de açúcar e quase a totalidade da cota de exportação de 6 MMT foi utilizada, com exportação de cerca de 44 - 45 mil toneladas sem o uso do subsídio, já que usinas necessitam de liquidez para pagar produtores.
Referente aos combustíveis, a ANP divulgou dados de consumo de abril, que mostram consumo de ciclo otto em 3.797.507 m³, alta de 21,8% contra abril de 2020, mas ainda se posicionando 15% abaixo de abril de 2019 e 2,8% abaixo de março 2021, por conta do prolongamento medidas de restrição à circulação. A participação do hidratado manteve-se praticamente estável, alcançando 27,9% no mês. Considerando que até então a paridade nos postos de SP se encontrava abaixo de 70%. Em maio, espera-se uma queda do share, dada a paridade já superior a 77%.
Dólar
Fechamento (31/maio): R$ 5,2191 (-0,12%)
Viés do dia: Baixista
Suporte: R$ 5,15
Resistência: R$ 5,30
Dollar Index: 89,850 (+0,02%)
Em sessão de menor liquidez por conta de feriados no exterior e formação de PTAX de maio (R$ 5,2322 na venda), o dólar encerrou em leve queda, apesar de certa volatilidade, operando entre 5,19 - 5,26. Com isso, a moeda americana encerou o mês com uma queda de 3,91%. Seguindo a mesma tendência, o Ibovespa voltou a bater novo recorde histórico ao atingir 126.216 pts (+6,16% no mês).
Um cenário externo positivo à tomada de risco em meio a melhores perspectivas de recuperação econômica em todo o mundo, inclusive no Brasil, cujas projeções de crescimento do PIB em 2021do boletim focus saltaram de 3,52% na semana passada para 3,96% ontem, e o retorno de investidores estrangeiros ao país (houve entrada líquida de 10,845 bilhões na B3 em maio) contribuem para um arrefecimento do dólar. Do lado técnico, médias móveis direcionadas para baixo, com MM de curtíssimo prazo cruzando as de médio prazo também contribuem para essa tendência.
Chamamos a atenção para novos imbróglios na reforma administrativa. O presidente do senado, Arthur Lira, cobrou um maior compromisso do presidente Bolsonaro em defender a reforma, enquanto o presidente da Câmara, Rodrigo Pacheco, se mostrou mais otimista com o andamento da reforma e o interesse do governo para tanto. Algo semelhante foi visto no trâmite da reforma da previdência, mas a aproximação das eleições de 2022 tende a enfraquecer um tom mais reformista do Congresso e sugere um presidente da República menos disposto a queimar capital político, já enfraquecido pela polarização que se desenha.
Bolsas no exterior amanhecem em alta hoje após dados de PMI na China e a Europa indicarem crescimento da atividade econômica, contribuindo para um cenário de maior tomada de risco nos mercadoa. Às 9h, teremos a divulgação do PIB do 1° trimestre no Brasil, devendo mostrar alta de 0,8%.
Fonte: StoneX