Fechamento SBN21 (30/jun): 17,63 c/lb (+40 pts)
Viés do dia: Altista
Suporte: 17,36 (MM de 20 dias)
Resistência: 18,23
Neste momento SBV1: 18,10 (+21 pts)
No dia da expiração do contrato de Jul/21 (SBN1), o NY#11 auferiu ganhos expressivos ao longo de sua curva futura, em especial nas telas mais próximas. Além da entrega física, o mercado esteve atento às baixas temperaturas que atingiram o Centro-Sul brasileiro e à depreciação do Real frente ao dólar.
Informações preliminares dão conta de que a expiração do Jul/21 contou com apenas um recebedor (Wilmar) e um entregador (Glencore), via porto de Paranaguá-PR, em um volume de apenas 2587 contratos (aprox. 131,4 mil ton), bem aquém da entrega do mesmo contrato no ano passado (254 mil ton), e a menor para a tela desde 2014.
O dado vem em linha com o que alguns indicadores de mercado vinham apontando, como o Open Interest da tela, baixos prêmios físicos, prêmio do branco enfraquecido e line-ups baixos, e não deve exercer por si só pressão nas negociações a partir de hoje; o mercado já precifica os acontecimentos no campo dos fundamentos.
No Brasil, ontem tivemos um dia de temperaturas extremamente baixas em diversas regiões do país, e relatos de que a frente fria e geadas antingiram importantes regiões produtoras de cana do CS; tal impacto, bem como se o clima continuará fustigando as lavouras nos próximos dias será um ponto de alerta no mercado, e exerce pressão altista juntando-se à já tão comentada seca. Algumas casas começam a revisar seus números de produção para a região, com relatos de revisões da casa dos 560 MMT para algo mais próximo de 535 MMT.
Câmbio
Fechamento (29/jun): R$ 4,9707 (+0,28%)
Viés do dia: Misto
Suporte: R$ 4,92
Resistência: R$ 5,02
Dollar Index: 92,362 (-0,07%)
Em um dia volátil no mercado cambial brasileiro por conta da formação de Ptax de fim de mês, trimestre e semestre, o dólar chegou a fazer máxima acima da resistência psicológica dos R$ 5 (à R$ 5,0220) no meio da sessão, mas eventualmente devolvendo parte dos ganhos e fechando em alta mais discreta.
No Brasil, além da pressão compradora de agentes aos quais interessava um dólar mais próximo dos R$ 5 na Ptax de Junho para precificação futura de contratos, o mercado também esteve cauteloso ao ambiente político conturbado após acusações de recebimento de propina de um diretor do ministério da saúde na aquisição de vacinas.
Nos Estados Unidos, o dado da ADP veio acima das expectativas (criação de 690 mil vagas de emprego ante 600 mil esperadas), mostrando o aquecimento do mercado de trabalho americano. No mesmo dia, o diretor do Fed de Dallas comentou que acha que Fed deve iniciar a desacelerar seu programa de compra de ativos antes do previsto, que é no fim do ano; o fato deu força ao dólar globalmente.
Hoje, bolsas europeias e índices futuros americanos operam em leve alta, enquanto o Dollar Index está mais próximo da estabilidade. Às 16h, teremos a divulgação do índice de emprego do CAGED, que caso venha positivo, pode reforçar a ideia da recuperação econômica brasileira; o risco político não deve sair do radar e pode continuar mantendo as próximas sessões voláteis.
Fonte: StoneX