(01/10) StoneX: Açúcar & Etanol

Notícias do Mercado

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(01/10) StoneX: Açúcar & Etanol

01/10/2021

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Fechamento SBH22 (30/set): 20,34 c/lb (+62 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,50
Resistência: 20,38 / 20,90

Neste momento SBH2: 20,20 c/lb (-14 pts)

 

Na última sessão de setembro, marcada pela expiração contra o contrato Out'21, os futuros do demerara registraram consideráveis altas nas últimas horas de negociação. O Out'21 fechou em alta de 89 pts em 19,83 c/lb, apresentando certa estabilidade no comparativo mensal (-0,1%), enquanto o avanço de 62 pts no Mar'22 a 20,34 c/lb equivale a uma queda de 1% no comparativo mensal.

 

Dados preliminares da entrega na bolsa apontam para apenas 4.445 lotes (225,8 mil t), posicionando-se 91% abaixo da entrega recorde do ano passado de 2,6 MMT. O Brasil representou a maior parte deste volume, com o México também contribuindo com parcela da origem. Já do lado recebedor, apenas a trading Dreyfus tomou volume. Neste sentido, entendemos que apesar de haver alguns indicativos de retomada da demanda, uma entrega tão pequena antes da entrada da entressafra no Brasil não justificaria, por si só, uma aceleração de um viés de alta no mercado. Na manhã de hoje, preços têm leve queda.

 

Os sinais de possível recuperação da demanda em setembro, são explicitados por prêmios de exportação do VHP no Porto de Santos em alta, saindo de patamares ao redor de -0,40 c/lb para algo entre flat e 0,04 c/lb, o que levou a uma leve apreciação do preço da commodity nos terminais, mesmo com a queda do NY#11. Além disso, line-ups também vêm em tendência de alta. Entretanto, o volume pequeno de entrega em meio às perspectivas de menor oferta global da commodity frusta um pouco a noção de que a demanda vem representando um ponto de pressão sobre o trade-flow.

 

Ainda assim, o mercado deve se manter bastante suportado, à medida que caminhamos para um 3° ano consecutivo de déficit no saldo global e especuladores ainda mantêm uma posição comprada significativa, devendo aguardar como será o clima no Centro-Sul na entressafra para se posicionarem, o que deve trazer certa volatilidade às cotações. As chuvas serão determinantes para os futuros das cotações, que podem vir a romper os 21 c/lb em caso de baixo volume ou adotarem trajetória de correção caso haja recuperação.

 

Câmbio

Fechamento (30/set): R$ 5,4431 (+0,53%)
Viés do dia: Misto/Altista
Suporte: R$ 5,38
Resistência: R$ 5,50

Dollar Index: 94,227 (-0,01%)

 

Após tocar a mínima intradiária ainda pela manhã, o dólar iniciou um firme movimento de alta, tocando a máxima de R$ 5,47 no início da tarde. Em seguida, alta foi atenuada por uma intervenção não programada do Banco Central, que leiloou 10 mil contratos de swap cambial (aproximadamente US$ 500 milhões), um dia após ter leiloado 14 mil contratos. A medida reduziu também a pressão sobre o mercado futuro, onde o contrato para novembro chegou a ser negociado em R$ 5,50. 

 

A desvalorização do real se deu, principalmente, em meio a preocupações quanto ao cenário fiscal brasileiro. Hoje, o secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, apontou que a ala política e governistas têm pressionado pela extensão do auxílio emergencial até o ano que vem, ao passo que a PEC dos precatórios e a reforma do IR não têm avançado. Tais dúvidas sobre as origens dos recursos e cumprimento do teto de gastos enfraqueceram a divisa brasileira e devem se manter no radar.

 

O exterior também trouxe influências mistas, com o dólar operando sem sinal único contra outras divisas e bolsas americanas fechando em queda. De um lado, o congresso americano aprovou a lei que impede a paralisação dos serviços e atividades públicas no curto prazo (o shutdown); ainda, o PIB do segundo trimestre veio levemente melhor do que esperado (6,7% versus 6,6%). Por outro lado, pedidos por seguro desemprego vieram abaixo das expectativas, e um novo discurso de Powell reforçou preocupações com a inflação americana, uma das principais variáveis responsáveis pela aversão ao risco dos últimos pregões. 

 

Nesta manhã, bolsas asiáticas fecharam em queda, enquanto as europeias e índices futuros americanos trabalham no negativo e o dollar index encontra-se perto da estabilidade, indícios de um exterior ainda pressionado. Hoje marca o início da “Semana Dourada” na China, feriado prolongado até o dia 7 de outubro; com isso, é possível que a aversão ao risco se arrefeça durante o período, trazendo certo fôlego ao noticiário negativo marcado pela crise de energia no país e por preocupações ao redor da companhia Evergrande. A agenda conta com a divulgação do índice de preços PCE às 09:30h e do PMI industrial às 11h nos EUA.

 

Fonte: StoneX

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