Fechamento SBH22 (30/nov): 18,60 c/lb (-58 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 18,40 e 18,17
Resistência: 18,71 e 19,00
Neste momento SBH22: 18,84 (+24 pts)
Na última sessão de novembro, os futuros do demerara apresentaram perdas crescentes por quase toda a curva futura, em mais um dia de aversão ao risco nos mercados internacionais diante da variante Ômicron da Covid-19. O cenário macroeconômico também foi afetado pelo posicionamento do dirigente do Fed, Jerome Powell, sinalizando um aperto monetário mais acelerado, o que contribui para a piora do desempenho das commodities (vide o índice CRB, que recuou 2,89% e encontra-se no seu menor patamar desde julho de 2021). O contrato contínuo do NY apresentou firme desvalorização, recuando 58 pontos, enquanto em Londres a queda foi de US$ 12,10/ton
O expressivo selloff é amparado também pelo enfraquecimento do petróleo, visto que o Brent agora testa os US$ 70/barril e apresenta a maior queda mensal desde março de 2020, início da pandemia. Caso o selloff permaneça, a commodity pode vir a buscar os US$ 65/barril; caso contrário, tende a voltar para US$ 75/barril. Diante deste cenário, o mercado de combustíveis interno perde forças e o espaço para reajuste negativo no preço da gasolina A pela Petrobras agora é de 16 centavos, enquanto o etanol hidratado permanece nos R$ 4,20/L, o que equivaleria à 18,40 c/lb em preços de NY, patamar que pode fornecer suporte para os preços do açúcar. Hoje, o mercado em NY amanhece apresentando recuperação, visto que ontem atingiu patamar de sobrevenda (evidenciado pelo RSI de 9 dias abaixo de 30) e também na esteira da recuperação das demais commodities.
Novos indicativos quanto à variante Ômicron são aguardados visto que a piora da pandemia pode aumentar a pressão baixista no curto prazo; todavia, destacamos que o cenário de terceiro déficit global de açúcar consecutivo deve fornecer suporte ao mercado. A StoneX estima que o déficit na temporada 2021/22 (out-set) atinja 1,8 MMT, avanço de 1,0 MMT em relação a última estimativa, tendo em vista à menor produção no Brasil, a destinação de cana a produção de etanol na Índia e perspectiva de demanda reaquecida.
Câmbio
Fechamento (30/nov): 5,6227 (+0,26%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,53
Resistência: 5,73
Dollar Index: 95,9720 (-0,02%)
Na terça-feira, o câmbio teve uma sessão de alta, com o dólar alcançando máxima intradiária de R$ 5,6546 após discurso do presidente do FED que trouxe a noção da retirada de estímulos ao mercado. No mercado acionário, o Ibovespa retomou os 101 mil pontos, com recuo de 1,2%.
No Brasil, a PEC dos Precatórios foi aprovada pela CCJ do Senado por 16 votos a 10 com alguns ajustes ao texto para o andamento do projeto no plenário. Entretanto, um ponto crucial permanece sem respostas: a falta de fonte de receita para compensar o pagamento do Auxílio Brasil a longo prazo. Diante disso, o desdobramento da PEC ainda é um ponto incerto e é necessário cautela.
Nos EUA, o discurso de Powell reforçou o potencial da variante Ômicron como fator agravante na inflação e desemprego, classificando o cenário atual como incerto e de cautela. Entretanto, mesmo diante dos riscos econômicos com a nova variante, o FED declarou que avalia encerrar o processo de injeção de liquidez na economia antes do planejado. Tais declarações trouxeram um tom mais bearish aos mercados, dando tração ao Dollar Index no intraday e reforçando o cenário de alerta para os investidores.
Hoje, as bolsas asiáticas e europeias operam no campo positivo, indicando provável correção das quedas recentes. ?? Na agenda econômica, hoje às 16:00, teremos a divulgação do Livro Bege dos EUA, relatório que pode ser determinante para o estabelecimento das taxas de juros de curto prazo.
Fonte: StoneX