Fechamento SBK22 (01/mar): 18,34 c/lb (+ 64 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 18,27 e 17,98
Resistência: 18,43 e 18,61
Neste momento SBK22: 18,41 (+7 pts)
O contrato contínuo do açúcar encerrou a última sessão em alta, muito próximo à máxima intradiária de 18,43, com 79.940 contratos negociados na tela K22 nesta terça-feira. Na abertura de hoje, os preços seguem o movimento de ontem.
A entrega recorde da tela de Março (SBH2), de 1,3 MMT, com apenas uma casa recebendo o volume inteiro, poderia ser lida inicialmente como fator baixista para o mercado; porém, levando em conta o muito provável atraso do início da safra 22/23 pelo CS, tira do mercado boa parte da disponibilidade de produto no período da tela de Mai/22 (SBK2), e acaba unindo-se aos acontecimentos macroeconômicos para dar combustível ao rally observado.
Na região Centro-Sul, os dados pluviométricos marcaram 154,7 mm até dia 26/02, registrando, até o momento, alta de 6,03% em relação à média dos últimos 10 anos. A projeção para a primeira quinzena de março é de 92,88 mm, valor que equivale a 75% do nível total do mês de março na média histórica.
A alta volatilidade observada nos mercados de commodities foi ocasionada pela forte incerteza diante do avanço da guerra da Ucrânia, com novos ataques russos registrados nas maiores cidades do país. Houve forte depreciação do Rublo e nos ativos russos em geral, e intensa alta nos preços do petróleo e aversão ao risco. Na sessão de ontem, o barril do Brent atingiu a marca de US$ 107,67 (+9,16%), e nessa manhã tem nova alta, cotado à US$ 109,34 (+4,37%). Esses valores abrem cada vez mais a possibilidade de reajuste da Petrobras, que hoje está em 0,3254 R$/L para a gasolina.
Câmbio
Fechamento (25/fev): 5,1525 (+0,68%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,11
Resistência: 5,19
Dollar Index: 97,60 (+0,20%)
Após o início da semana com o mercado brasileiro de câmbio fechado devido ao feriado de carnaval, as negociações na B3 devem retomar hoje, com agentes possivelmente seguindo movimentos apresentados no exterior ao longo das últimas sessões, com forte aversão ao risco no mercado internacional frente a escalada dos conflitos no leste europeu.
Sob a ótica dos mercados globais, o dólar vem ganhando força ante seus pares nas últimas sessões, com o DXY dando continuidade as altas recentes na última sessão (+0,73%), movimento influenciado sobretudo por agentes em busca de investimentos mais seguros frente ao conflito entre Rússia e Ucrânia. Conforme o conflito escala, novas sanções são aplicadas à Rússia, levando o rublo a mínimas históricas, principalmente após a exclusão do sistema SWIFT, com o Kremlin respondendo rapidamente, elevando os juros de 9,5% a.a. para 20% a.a.
No Brasil, os agentes devem começar movimentações hoje, com a reabertura pós-carnaval. As ações do conflito preocupam no cenário interno, uma vez que o rally dos preços no mercado internacional tendem a pressionar a inflação. Apesar de apenas 8 das 100 categorias mais importadas do Brasil terem origem na Rússia, a maior parte corresponde a produtos químicos e fertilizantes; e mesmo que não apresente riscos de desabastecimento, os custos da produção devem aumentar, impactando os preços para o consumidor final. Além disso, o nível do petróleo que já supera com folga a marca dos US$ 100/bbl, o que tende a encarecer os combustíveis no país, impactando toda a cadeia de fornecimento, aumentando o risco inflacionário. Como um fator adicional, a aversão a riscos nos mercados globais também compromete a performance da moeda brasileira, que deve depreciar-se no curto prazo, aumentando também custos de importação.
Hoje, bolsas asiáticas encerraram a sessão majoritariamente em queda. Bolsas europeias e futuros americanos também operam no negativo. A sessão de hoje deve ser marcada por discursos de membros do FOMC, com Bullard se apresentando às 11:30 e Powell, presidente do FED, às 12:00, anúncios que podem trazer perspectivas sobre a ação da instituição no aperto monetário frente aos recentes conflitos. Às 14:00, o Boletim Focus será divulgado, trazendo as perspectivas dos indicadores econômicos brasileiros.
Fonte: StoneX