(02/08/22) StoneX: Açúcar & Etanol

Notícias do Mercado

Notícias do Mercado

(02/08/22) StoneX: Açúcar & Etanol

02/08/2022

Compartilhe:

Fechamento SBV22 (01/ago): 17,60 c/lb (+6 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 17,32 / 17,20
Resistência: 17,79 / 17,89


Neste momento SBV22:  17,45 c/lb (-15 pts)

 

 A semana começou com nova queda dos futuros do açúcar negociados em bolsa. Em NY, o contrato Out/22 chegou a atingir 17,20 c/lb na mínima, o menor valor da tela mais ativa desde julho de 2021. Londres também renovou as mínimas e encerrou a sessão no vermelho, embora recuperando parte das perdas do dia. O NY teve recuperação impressionante no final do pregão e acabou terminando a segunda-feira com ganho de 6 pontos. Para os amantes de análise técnica, destacamos a formação clara de um candle “martelo”, que pode indicar a reversão da atual tendência baixista de curto prazo do mercado. Nesta manhã de terça-feira ainda não se vê reversão de tendência, com o açúcar operando em baixa, influenciado por cenário externo negativo. Caso mantenha-se acima das mínimas de ontem, a ideia de um piso para o mercado neste momento ganharia força.

 

Figuras à parte, chamou a atenção a força compradora do mercado, que deve significar recompra por parte dos fundos especulativos, que mais uma vez foram vistos operando liquidamente vendidos no açúcar NY, conforme relatório do CFTC de sexta-feira.

 

A queda do açúcar de ontem foi influenciada por cenário macroeconômico negativo, com destaque para a retração do petróleo, com o WTI chegando a recuar mais de 6%, fazendo mínima de novo na casa dos US$ 92/b. Também contribuiu para a desvalorização a queda de 15 centavos da gasolina na semana passada, que coloca teto mais baixo aos preços do etanol e reforça a ideia de mix mais açucareiro. Com a desvalorização adicional do mercado, a StoneX estima que haja espaço para redução de R$ 0,25/l do preço da gasolina A.

 

Na mesma direção destacamos diminuição do preço do etanol hidratado, negociado ao redor de R$ 3,22/l em Ribeirão-Preto (com impostos), ainda em baixo volume. Este preço equivale a um NY de 17,24 c/lb (ou seja, praticamente a região que o mercado de açúcar testou nesta segunda-feira).

 

No campo dos fundamentos, a possibilidade de uma safra menor que o esperado no CS e, ainda, produção levemente abaixo do projetado na Índia no próximo ciclo também são importantes fatores de suporte. Adicionalmente destacamos que o Brasil exportou 2,88 MMT de açúcar em julho (+17% na comparação anual), levando o total acumulado desde abril a 8,1 MMT, 1,4 MMT a menos do que no ano passado, ao passo que a produção do Centro Sul foi 2,6 MMT menor até a metade de julho. Isso explica o cenário de estoques mais baixos neste momento no mercado interno, que contribui para suporte dos preços domésticos.

 

Câmbio 

Fechamento (01/ago): 5,1860 (+0,25%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,08
Resistência: 5,29
Dollar Index: 105,616 (+0,16%)

 

Diante do encerramento da primeira sessão do mês de agosto, o dólar voltou a se fortalecer frente ao real e outros pares emergentes, ainda que tenha trocado de sinais algumas vezes no decorrer do pregão. O mercado de divisas, em partes, corrigiu as altas ocorridas após à divulgação e discurso do Fed sobre a taxa de juros americana, o que levou investidores a buscarem ativos de maior risco ainda em meio à um contexto macroeconômico relativamente baixista, embasando a correção vista ontem. 

 

Internamente, a sessão de hoje deve marcar o inicio da reunião do Comitê de Política Monetária a respeito da decisão quanto à taxa básica de juros no Brasil, com duração prevista até a tarde de amanhã (3). Dentre as expectativas do mercado, é esperada uma alta de 0,50pp pela entidade, elevando a Selic aos 13,75% ao ano e atingindo o maior patamar dos últimos 5 anos (inclusive, com boa parte do mercado apostando que este será o ajuste final na taxa). Além disso, hoje teremos a divulgação da Produção Industrial (9h), com expectativa de recuo de -0,2% após uma sequência de 4 altas no índice, devendo indicar uma desaceleração da inflação no país e possivelmente retirar suporte do real com a perspectiva da redução do diferencial de juros no medio prazo. 

 

Hoje, mercados asiáticos encerraram majoritariamente em queda, ao passo em que futuros americanos e índices europeus também operam no negativo no início da sessão. Em grande parte, as baixas refletem tanto correções frente às altas ocorridas após a elevação dos juros nos EUA, mas também o crescimento da percepção de risco pelos investidores com a visita da presidente da câmara dos EUA, Nancy Pelosi, à Taiwan. Pequim tem se pronunciado abertamente sobre a situação, reiterando sua posição contrária à visita da oficial norte americana, elevando tensões entre EUA e China na semana.

 

Fonte: StoneX

MAIS

Notíciais Relacionadas