Fechamento SBH22 (02/fev): 17,93 c/lb (- 55 pts)
Viés do dia: Misto/Baixista
Suporte: 17,70 e 17,55
Resistência: 18,00, 18,20 e 18,50
Neste momento SBH22: 17,83 c/lb (-10 pts)
Na quarta-feira, o contrato contínuo do NY#11 encerrou em intensa queda. O SBH2 apresentou constante volatilidade ao longo do dia e variação final de -2,98% em relação ao preço de terça-feira. Hoje, o mercado abre em baixa, cotado à 17,83 c/lb (-10 pts).
A intensa variação negativa observada foi influenciada por alguns fatores, sendo um deles a pressão sobre a safra atual diante das expectativas de crescimento da produção na Índia e na Tailândia, apesar da divulgação da última quinzena brasileira pela UNICA que segue movimento contrário normal para o período do ano. Diante da tendência de queda, o movimento de rolagem dos fundos Index e Especulativos intensifica o movimento, uma vez que compras do consumidor final está mais restrita no momento. Alem do movimento de rolagem Mar-Mai, a pressão de venda provavelmente foi impulsionada pela liquidação dos fundos especulativos que vinha aumentado a posição comprada anteriormente.
Ontem tivemos a divulgação final do nível de chuvas no mês de janeiro, totalizando 224,90 mm (variação de + 4,5% em relação ao mesmo mês em 2021), ultrapassando 31,9% da média dos últimos 10 anos. Diante da situação climática favorável, a expectativa do aumento da produção de açúcar na safra 2022/23 se mantêm agora dependendo de dias com bastante luminosidade intercalados com dias chuvosos.
No mercado de combustíveis, o hidratado apresentou queda de 2,7% em relação à terça-feira, precificado em R$ 3,50/L (PVU em Ribeirão Preto/SP), cuja arbitragem em NY#11 é 16,40 c/lb. O hidratado passa pelo quarto dia seguido de quedas significativas em relação ao patamar 4,00 – 4,10 ao qual navegou ao longo de dezembro e após as máximas de 4,60-4,70 que foram observadas em outubro.
Câmbio
Fechamento (02/fev): 5,2659 (+0,05%)
Viés do dia: misto
Suporte: 5,25_5,21
Resistência: 5,30
Dollar Index: 96,992 (+0,06%)
A despeito das premissas baixistas de curtíssimo prazo para a moeda, o dólar buscou recuperar o patamar dos 5,30 ao longo da sessão, mas voltou a recuar no período da tarde e encerrou quase inalterado. Dados de emprego nos EUA divulgados abaixo do esperado e a elevação da taxa de juros brasileira devem voltar trazer suporte ao real no pregão de hoje.
Nos EUA, com a divulgação do Payroll indicando a criação de 199K vagas, contrapondo-se aos 400k esperado, o dólar adotou um viés baixista diante de diversas outras divisas no dia. Mesmo com o resultado negativo, o mercado não refletiu tão severamente os dados momentâneos, já que investidores ainda aguardam a divulgação de outros indicadores como pedidos por seguro desemprego hoje as 10h30 e o PMI ao 12h. Ambos os índices devem trazer volatilidade a moeda americana, indicando melhorias (ou não) ai cenário econômico do país.
De acordo com as expectativas, a definição da Selic em 10,75% pelo Copom na tarde de ontem, demonstrando o forte posicionamento hawkish do BC, alimentou um sentimento positivo ao cenário fiscal brasileiro. Com a firme elevação dos juros, investidores estrangeiros têm adotado um viés otimista quanto ao compromisso com a agenda fiscal brasileira, tornado o Brasil mais atrativo aos aportes internacionais, devido ao aumento da diferença de juros. Além do sentimento de menor risco, a busca por ganhos atrelados a inflação também deve fomentar fluxos cambiais internos, o que pode vir a embasar certo suporte ao real no dia de hoje, mas o cenário de médio prazo continua de suporte para o dólar é possível retomada de patamares mais elevados.
Bolsas asiáticas encerram sem direção definida, ao passo que futuros americanos e bolsas europeias seguem com baixas hoje. Em grande parte, o mercado internacional tem repercutido as expectativas quanto às decisões da política monetária em diversos países, com agentes antecipando altas.
Fonte: StoneX