Fechamento SBK22 (02/mar): 18,64 c/lb (+30 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 18,31 e 17,77
Resistência: 18,70
Neste momento SBK22: 18,58 (-6 pts)
Na última sessão, os preços do demerara estenderam os ganhos ao longo de toda a curva futura, com o contrato contínuo alcançando a máxima de 18,67 c/lb e fechando logo abaixo desse nível, maior valor em 5 semanas. O movimento continua na esteira dos impactos do conflito entre Rússia e Ucrânia, com o Brent encerrando a sessão cotado em USD 112,93/bbl (+7,96%).
Hoje, os preços do petróleo bruto continuam avançando, cotado à USD 114,85/bbl (+2,02%), fator que tende a oferecer suporte aos preços do açúcar durante a sessão. Ontem, o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, declarou que nenhuma decisão foi tomada ainda sobre os reajustes nos preços dos derivados da commodity, considerando o cenário ainda de muita incerteza frente à escalada dos conflitos, e que medidas serão tomadas conforme mudanças estruturais no cenário. Os preços do diesel e gasolina da Petrobras alcançaram uma defasagem de 25%, maior nível em 10 anos, com espaço para aumento do diesel em R$ 1,0997 e gasolina em R$ 0,8014.
Como um fator de resistência aos níveis do açúcar, a Organização Mundial de Açúcar reduziu as estimativas da demanda global do adoçante para o ciclo 2021/22 (Out-Set), resultando na diminuição da projeção do déficit global de 2,55 MMT para 1,93 MMT. Por outro lado, a entrega recorde de 1,32 MMT à Sucden na tela de março pode apontar para uma direção oposta. A organização também aumentou a projeção da produção russa, que deve alcançar 5,7 MMT, reduzindo as estimativas de importação de 590 mil toneladas para 100 mil toneladas.
Câmbio
Fechamento (02/mar): 5,1021 (- 0,98%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,08 e 5,01
Resistência: 5,16 e 5,32
Dollar Index: 97,5810 (+ 0,20%)
Ontem, devido à quarta-feira de cinzas, as negociações na B3 tiveram início às 13:00, com sessão marcada pela baixa do dólar.
Diante das incerteza frente ao avanço da guerra da Ucrânia, com novos ataques russos registrados nas maiores cidades do país, tem-se o registro de forte depreciação do Rublo e nos ativos russos em geral. Além disso, ontem, a sessão marcou intensa alta nos preços do petróleo, que ultrapassou máximas de 2011 com encerramento em US$ 112,93/barril (+7,96). Hoje ocorrerá o segundo encontro entre os representantes internacionais da Rússia e Ucrânia, com possível acordo de cessar-fogo.
Paralelamente, tivemos a divulgação do Livro Bege nos EUA, que evidenciou o problema da falta de mão de obra para suprir a necessidade do mercado. Além disso, frente a alta inflação, o FED declarou que seguirá com o plano de aumento nas taxas de juros com o objetivo de frear o avanço nos preços. Hoje, às 12h, Powell apresentará no Senado o relatório de política monetária.
No Brasil, mesmo diante da escalada dos conflitos e cenário negativo para os ativos de risco, a possibilidade de agravamento do cenário inflacionário devido à alta do petróleo reforça a expectativa de aumento na taxa Selic, o que pode contribuir com resistência à alta do câmbio.
Fonte: StoneX