(03/05/22) StoneX: Açúcar & Etanol

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(03/05/22) StoneX: Açúcar & Etanol

03/05/2022

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Fechamento SBN22 (02/maio): 18,85 c/lb (- 30 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 18,66 e 18,47
Resistência: 19,07 e 19,29

Neste momento SBN22: 18,77 ( - 8 pts)

 

Ontem, o NY#11 encerrou em queda, influenciado pela expectativa de superávit no saldo global de açúcar do ciclo 2022/23 divulgada pela Green Pool, além da forte aversão ao risco frente ao iminente arrocho da Política Monetária dos EUA - e que também causou forte depreciação do Real frente ao dólar ontem. Hoje, o mercado inicia com continuidade do movimento, em leve recuo, acompanhando o petróleo Brent. 

 

As últimas duas semanas foram marcadas pelo recuo dos preços do etanol hidratado, em um cenário marcado por dúvidas a respeito do mix da safra 2022/23 no Centro-Sul. Alguns pontos seguem fortes para o favorecimento de um mix alcooleiro, como a alta dos preços do petróleo pós início da Guerra na Ucrânia, além ao avanço nos preços do etanol no mercado doméstico brasileiro, diante da menor oferta da cana potencializada pelo atraso da safra atual. Entretanto, o movimento de valorização do dólar frente ao real na última semana é um fator que favorece o mix açucareiro pelo fortalecimento dos preços do açúcar em bolsa em reais, o que tende a incentivar as exportações. 

 

A USDA divulgou que o governo egípcio anunciou novo projeto de desenvolvimento que prevê o aumento da produção de commodities do país. O projeto tem como um dos objetivos a alocação de 14.700 hectares para a produção de beterraba sacarina, com expectativa de aumento da produção de açúcar refinado para safra 2022/23 em 2,5%, para 2,92 MMT. Tal questão pode impactar o consumo egípicio do açúcar brasileiro, um dos principais fornecedores do produto ao Egito. 

 

Os níveis de chuvas nas regiões canavieiras ao redor do globo tem apresentado incidências positivas para os níveis de produtividade. Na China, registram-se chuvas dispersas no sul do país, favorecendo o desenvolvimento da cana-de-açúcar local. Além disso, a retomada das incidências de precipitação mais intensas em alguns pontos do sul da Índia favorece o crescimento da cana. Por fim, a falta de chuvas na África do Sul garante um clima ideal para a colheita da gramínea.

 

Câmbio 

Fechamento (02/maio): 5,0855 (+2,28%)
Viés do dia: misto
Suporte: 5,00
Resistência: 5,15

Dollar Index: 103,5040 (-0,23%)

 

Diante da divulgação de dados chineses que sugerem a desaceleração da economia global e na véspera da “super quarta”, com diversos indicadores econômicos no radar, o dólar escalou expressivamente diante do real na última sessão, atingindo 5,08 antes da metade da sessão e sustentando os preços até seu encerramento. Tal movimentação ocorreu em linha com a apreciação da moeda norte americana frente outras divisas, com o dólar index retornando próximo ao maior patamar nos últimos 20 anos, refletindo um movimento generalizado de fuga de economias de maior risco intrínseco.

 

Na perspectiva Norte Americana, além da iminência da decisão monetária quanto à elevação dos juros pelo Fed, a qual é precificada por 99,8% do mercado de atingir entre 0,75-1,00 p.p, investidores monitoram de perto diversas outras divulgações quanto à situação da economia norte americana, com ao menos 10 indicadores agendados para quarta-feira. Diante desse cenário, mercados de maior risco devem seguir em tons baixistas, visto que com a redução dos diferencias de juros para com o dólar, investidores, além de cautelosos, tendem a preferir o carrego da dívida Norte Americana em detrimento de mercados menos consolidados, também devendo impactar negativamente na taxa de câmbio brasileira.

 

Hoje, mercados asiáticos encerraram majoritariamente no vermelho após a elevação dos juros na Austrália e em dia de feriado na China, Japão e Cingapura. Bolsas europeias e futuros americanos operam sem viés definido para a sessão, com agentes cautelosos diante do discurso de Lagarde hoje e da decisão quanto à taxa de juros pelo Fed, amanhã. No mais, também está agendada para amanhã a divulgação de indicadores domésticos como o IPC-Fipe e PMI, além de índices econômicos em nações como EUA, Austrália, China, Alemanha e Canadá, devendo caracterizar um forte movimento lateral na taxa de câmbio até que o mercado precifiques os dados divulgados.

 

Fonte: StoneX

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