Fechamento SBV21 (02/ago): 17,95 c/lb (+4 pts)
Viés do dia: Misto/Baixista
Suporte: 17,69
Resistência: 18,06
Neste momento SBV21: 17,79 (-16 pts)
Ontem, o NY#11 apresentou certa volatilidade, com o contrato Out'21 operando entre ganhos e perdas dentro do intervalo de 17,86 - 18,15 c/lb, encerrando o dia com uma alta modesta. Por outro lado, ganhos mais expressivos foram registrados nas telas futuras mais distantes, corroborando com as preocupações dos agentes em relação aos efeitos das recentes geadas sobre a qualidade da cana a ser colhida em 22/23, dado que grande parte da safra atual já foi moída.
Ainda assim, notícias de que o governo indiano estuda a adoção de novos subsídios de exportação para o próximo ciclo contribuem para realizações. Hoje, fala-se em subsídios de 3.500 rúpias/t para 6 MMT de açúcar, o que levaria o break-even de exportação (patamar vantajoso para usinas escoarem sua produção ao exterior) dos atuais 19 c/lb para cerca de 16,78 c/lb. Logo, a Índia pode ocupar o espaço aberto pela menor produção no CS, tornando o trade-flow um pouco menos desequilibrado.
A magnitude da queda da produção no CS será determinante para isso. Ontem, por exemplo, a Wilmar reduziu sua projeção de moagem para 490-500 MMT no atual ciclo, o que representaria uma queda de 19% frente a 20/21. Já as nossa mais recente revisão de estimativas para o saldo global de açúcar e produção no Centro-Sul serão divulgadas hoje.
No tocante aos combustíveis, destaque para o fato de que adentramos no 15° dia consecutivo em que há espaço para alta da gasolina A pela Petrobras, que poderia elevá-la em cerca de R$ 0,12/L. Recentes declarações do presidente Bolsonaro de utilização de reservas da estatal para custear o consumo do gás reacendem preocupações quanto a interferências políticas em sua gestão, mas a possibilidade de alta suporta as cotações do etanol, que registrou realizações do hidratado de até R$ 3,62/L (PVU em RP-SP) ontem, + R$ 0,10/L contra uma semana antes.
Câmbio
Fechamento (02/ago): R$ 5,1738 (-0,72%)
Viés do dia: Misto/Baixista
Suporte: R$ 5,04
Resistência: R$ 5,22
Dollar Index: 91,93 (-0,13%)
Na segunda-feira, o dólar voltou a cair em relação ao real, tendo atingido a mínima intradiária de R$ 5,1146. Tal movimento baixista perdeu um pouco do ímpeto na 2a metade da sessão, à medida que bolsas internacionais perdiam fôlego e fechavam sem direção única, já que preocupações com a variante delta da Covid-19 e expectativa de menor apetite chinês por commodities seguem sobre a mesa.
No Brasil, a cautela volta à cena, já que os agentes do mercado aguardam a decisão da política monetária do Copom amanhã. Se confirmada, a expectativa de aumento de 1 p.p. da Selic tende a ser um fator baixista para o dólar, já que aumentaria o diferencial de juros Brasil-EUA. Por outro lado, se antes havia a expectativa de espaço fiscal para criação de despesas na ordem de R$ 100 bi em 2022, a elevação da projeção de pagamentos de precatórios (dívidas na justiça contra empresas e pessoas físicas) de R$ 54 bi para até R$ 90 bi pode jogar pressão sobre o teto de gastos, uma vez que novas despesas em ano eleitoral eram esperadas, como a elevação do benefício Bolsa Família.
Hoje, bolsas europeias e americanas voltam a apresentar maior apetite ao risco, subindo ao redor de 0,5%. Segundo um diretor do FED, o ritmo de compras de ativos pela autoridade monetária pode ser reduzido se dados do mercado de trabalho na sexta mostrarem um maior aquecimento do mercado, mas tal declaração é ofuscada pelo avanço das discussões de novo pacote de infraestrutura nos EUA, o que deve manter o câmbio abaixo da região dos R$ 5,25.
Fonte: StoneX