Fechamento SBH21 (04/fev): 16,05 c/lb (+1 pt)
Viés do dia: Misto/Altista
Neste momento SBH21: 16,32 (+27 pts)
Após oscilar entre ganhos e perdas ao longo da sessão, o contrato contínuo do NY#11 (SBH1) encerrou próximo à estabilidade. A sessão foi marcada por incerteza no cenário macroeconômico internacional, com o dólar tendo ganhos ante as principais emergentes, inclusive o real.
À medida que avança o último mês de negocição do SBH1 e nos aproximamos da expiração do contrato, há a natural tendência de liquidação de posições por parte dos specs. Refletindo esse movimento, o spread H-K voltou a se retrair e foi a 0,73 c/lb, queda de 10 pontos.
Dados recentes de Line-Up indicaram que até a última terça (02/02) que o volume total de açúcar aguardando embarque em portos brasileiros totalizou 1,346 MMT, aumento de 40,15% em relação à semana passada, e de 231,67% em relação à mesma semana do ano passado - com praticamente 90% desse volume nos portos de Santos e de Paranaguá. O dado indica o CS ainda presente no comércio internacional de açúcar.
A decisão da OPEP+ da última quarta de manter a política de cortes na produção de petróleo provocou uma queda inicial no mercado futuro de combustíveis, mas houve recuperação ao longo da sessão; no mercado físico, o indicador StoneX mostra um etanol hidratado permanecendo suportado, fechando ontem à R$ 2,63/L. Hoje, às 11h, aguarda-se um anúncio do presidente Jair Bolsonaro à respeito da questão dos combustíveis; o corte do Pis-Cofins não está descartado.
Dólar
Fechamento (04/fev): R$ 5,4320 (+1,00%)
Viés do dia: Misto/Altista
Suporte: 5,35
Resistência: 5,52
Dollar Index: 91,455 (-0,08%)
Na quinta-feira, o dólar se fortaleceu globalmente, registrando queda apenas em relação à libra esterlina dentre as principais moedas do mundo. O real, porém, liderou novamente as perdas, dado que o cenário interno de pressão fiscal volta a pressionar o câmbio.
No exterior , dados econômicos positivos nos EUA, que registrou alta de 1,1% das encomendas industriais em dezembro e o menor número de pedidos de seguro-desemprego desde novembro (779 mil), indicam uma economia americana forte e consequentemente um dólar forte. Além disso, tal cenário sugere uma aceleração da inflação que poderia levar a alta dos juros, o que tem contribuído para elevação dos treasuries de 10 anos para 1,14%, atraindo mais investidores para este ativo seguro e com retornos crescentes. Hoje, teremos a divulgação do relatório de emprego nos EUA (payroll) às 10:30, que pode confirmar esta melhora econômica.
No Brasil, declarações do presidente Bolsonaro acerca dos combustíveis gerou aversão ao risco, seja por conta de uma possível interferência nas estatais para controle de preços, seja por uma possível renúncia de impostos em um quadro fiscal delicado. Na noite de ontem, Guedes admitiu a extensão de um novo auxílio emergencial: apesar de sugerir um corte de metade dos beneficiários, ele afirma que seria necessário o decreto de estado de calamidade pública, permitindo novos gastos extraordinários. Com isso, apesar de maior otimismo com o andamento de reformas, o fiscal deve seguer pressionando o câmbio.
Fonte: StoneX