(04/03/22) StoneX: Açúcar & Etanol

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04/03/2022

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Fechamento SBK22 (03/mar): 18,93 c/lb (+ 29 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 18,85 e 18,70
Resistência: 19,00 e 19,15

Neste momento SBK22: 18,93

 

O contrato contínuo do açúcar, pelo quarto dia consecutivo, encerrou a sessão em alta. Tal situação segue infuenciada pela continuidade do conflito no Leste Europeu e aversão ao risco dos investidores. Na manhã de hoje, os preços abrem os negócios estáveis em relação ao fechamento do dia anterior.

 

Ontem, no período da tarde, o petróleo apresetou queda após segundo diálogo entre Rússia e Ucrânia e acordo de criação de “corredor humano” para evacuação de civis do conflito direto. Entretanto, nessa manhã, o petróleo iniciou em alta (US$ 112,93) após ataque russo à maior usina nuclear da Europa, Zaporizhia. O ataque intensifica a instabilidade na área uma vez que seu potencial de destruição superar o apresentado em Chernobyl, sendo classificado pela Ucrânia como “terrorismo nuclear”. Tais valores apresentam alto risco de reajuste da Petrobras, que apresenta espaço de reajuste da gasolina em 0,8034 R$/L. Os reflexos do conflito sobre o mercado de combustíveis tem influenciado as expectativas acerca do mix produtivo da safra 22-23 do CS-BR e fornecido suporte ao mercado.

 

A produção de açúcar na Europa foi pressionada nessa safra (2021/22) diante do clima adverso e maior ocorrência de pulgões, entretanto, após liberação do uso emergencial de neonicotinoides a Comissão Europeia apresentou revisão de estimativa positia para oferta no ciclo corrente. Diante disso, a projeção de produção de açúcar na Europa é 16,1 milhões de toneladas (+11%). Além disso, a Comissão prevê aumento nas importações, estimadas em 2,2 milhões de toneladas, diante da expectativa de maior consumo doméstico no ciclo corrente.

 

Na região Centro-Sul, os dados de nível pluviométrico de fevereiro foram divulgados, foi registrado 156,9 mm, marcando alta de 7,53 % em relação à média dos últimos 10 anos. A projeção para a primeira quinzena de março segue em 92,88 mm, equivalente a 75% do nível total do mês de março na média dos últimos 10 anos. O nível de chuvas desse mês é essencial para o desenvolvimento do canavial e previsão de início da moagem para a próxima safra (2022/23).

 

Câmbio 

Fechamento (03/mar): 5,0270 (-1,47%)
Viés do dia: misto
Suporte: 5,00
Resistência: 5,05

Dollar Index: 97,723 (+0,35%)

 

Na quinta-feira, o dólar voltou a operar com consideráveis perdas em relação ao real durante praticamente todo o pregão, chegando à casa dos 4,9946 na mínima intradiária, mas se reestabelecendo acima dos 5,00 antes do final da sessão. Ainda que o cenário geopolítico internacional permaneça muito instável, a apreciação do real refletiu principalmente o forte fluxo cambial interno ao país, chegando aos U$6,34 bi em ao final de fevereiro conforme dados do BC de ontem. 

 

Internamente, o fluxo cambial estrangeiro ao adentrar o país durante o mês de fevereiro atingiu o maior patamar dentre os três últimos anos, registrando uma entrada líquida de U$ 6,34 bi enquanto a Balança Comercial registrou superávit de U$ 4,05 bi. Ambas as divulgações ainda refletem a continuidade de elevação da taxa de juros brasileira, prevista para ao menos 1,0 ponto percentual já na reunião de meados de março e devendo se estender a maio e junho. Além do carrego da Selic, a perspectiva de alta nas commodities decorrente do conflito no Leste Europeu também é visto como considerável fonte de interesse dentre investidores estrangeiros, assim sustentando a expressiva entrada de capital no país que deve ser mantida no curtíssimo prazo. Ainda hoje haverá a divulgação do PIB do 4T21 às 9h, sendo esperado entre as medianas de 0,2% e 4,6%, algo que deve influenciar no câmbio ao longo da sessão.

 

Seguindo de divulgações ontem como a queda no número de pedidos por seguro-desemprego a medida em que o setor industrial não expandiu como o previsto, o dia de hoje será marcado pela divulgação do Payroll (8h30) e da Taxa de Desemprego dos EUA (8h30), novamente trazendo dados importantes para a avaliação da situação econômica do país. Ainda que a guinada da inflação também seja alimentada pelo cenário internacional de aumento dos preços das commodities, a perspectiva de elevação dos juros foi colocada em xeque pelo discurso de Powell ontem, no qual sugeriu que o conflito na Ucrânia pode ter mudado as expectativas de elevação já no mês de março. 

 

Hoje, bolsas asiáticas encerraram em baixa, ao passo em que futuros americanos e mercados europeus também operam com perdas na sessão. O movimento baixista generalizado refletiu novos desdobramentos do conflito na Ucrânia, com ataques próximos à usinas nucleares promovendo expressiva aversão ao risco nos mercados internacionais. Tal cenário, que deve ser discutido no Conselho de Segurança da ONU após a convocação por Boris Johnson, deve trazer um panorama mais claro para a situação, possivelmente melhorando a aversão ao risco e trazendo suporte às bolsas de modo geral.

 

Fonte: StoneX

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