Fechamento SBK22 (01/abril): 19,37 c/lb (- 12 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,35 e 19,19
Resistência: 19,60 e 19,78
Neste momento SBK22: 19,47 (+ 10 pts)
Após algumas sessões tentando romper a resistência no nível de 19,60 c/lb, os preços do açúcar encerram a sexta-feira em queda, pressionados pela desvalorização do petróleo Brent, que cheogu a buscar os US$ 100,00/barril.
Além dos impactos já conhecidos sobre os preços do barril do petróleo, a guerra no Leste Europeu apresenta riscos também para a produção de açúcar na Ucrânia, responsável por 0,7% da oferta mundial em 2020/21 (out-set). O conflito impacta o início das plantações de beterraba, que começa em março, e, no momento, apresenta 30% da área de cultivo comprometida, com possível impacto no saldo global da commodity em 2022/23. Enquanto isso, na Rússia, a preocupação com a safra 2022/23 se dá pelas sanções econômicas, que prejudicam a compra de insumos pelos agricultores locais, o que pode impactar a produtividade das lavouras.
No Centro-Sul brasileiro, o mês de março terminou com 145,8 mm de precipitação, ultrapassando em 16,08% a média dos últimos 10 anos. O nível de chuvas registrado foi um pouco acima da previsão, fator que contribuiu para a postergação de início da moagem para diversas usinas. A previsão para a primeira quinzena de abril é de 69,55 mm, o que representa 96,73% da média histórica para o mês.
No mercado de combustíveis, o etanol hidratado apresentou alta semanal de 1,21%, chegando a ser negociado a R$ 4,15/L (PVU em Ribeirão Preto/SP, com impostos), equivalente a 21,50 c/lb. Nas bombas do estado de São Paulo, os preços da gasolina e etanol ficaram na média de R$ 6,877/L e R$ 4,717/L, respectivamente, configurando paridade de 68,59% na última semana, fator que tem contribuído com a retomada na participação do etanol hidratado no consumo de ciclo otto. De acordo com a ANP, as vendas de etanol no país cresceram 15% no mês de fevereiro (vs. janeiro), e representaram 19,7% das vendas de combustíveis do ciclo otto (vs. 17,8% no mês anterior).
Câmbio
Fechamento (01/abr): 4,6591 (-1,73%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 4,60
Resistência: 4,78
Dollar Index: 98,86 (+0,23%)
Na última sessão, o par USDBRL continuou o movimento de queda, com a divisa brasileira ganhando força por mais um pregão, na esteira da entrada de fluxos estrangeiros no país, motivado pelo diferencial de juros e alta nos preços das commodities. Na semana, o par apresentou redução de 1,7%, enquanto na comparação com o início do ano o real já se valorizou 16,3% ante o dólar.
No exterior, a semana deve ser marcada por novos acontecimentos no conflito entre Rússia e Ucrânia. Após informações de que as negociações para o cessar-fogo estavam avançando, agentes retomaram posições em ativos de maior risco. No entanto, apesar do Kremlin indicar que a retirada das tropas de Kyiv acenam para a redução do conflito, o secretário geral da OTAN, Jens Stoltenberg, aponta que o movimento é uma manobra militar para reabastecimento das tropas, e que novos ataques estão por vir. O conflito segue como um ponto de atenção importante, já que pode impactar a cadeia internacional de O&D, fator que tende a pressionar os preços e criar um cenário inflacionário internacional.
Nos EUA, o FOMC deve divulgar na quarta-feira (06), a ata da última reunião do Comitê, que iniciou o ciclo do aperto monetário no país. Frente ao avanço da pressão inflacionária, a expectativa é de que a ata possa dar mais indicações sobre o ritmo dos reajustes na taxa de juros, com alguns membros apontando a necessidade de elevação em 0,50 p.p, alteração que pode fortalecer a divisa americana internacionalmente.
No Brasil, agentes devem continuar observando o fluxo estrangeiro adentrando o país, motivado pelo diferencial de juros e a valorização de commodities exportadas pela economia brasileira. No entanto, no final do pregão de sexta-feira, a B3 informou que os dados referentes ao fluxo de capital estrangeiro na bolsa estavam inflados, revisando o número para R$ 64,1 bilhões em 2022, queda 29,6% frente ao número divulgado anteriormente (R$ 91 bi). Ainda assim, a perspectiva é de que o anunciou não tenha maiores impactos na performance do real, tendo em vista a continuidade dos conflitos e a busca por ganhos através do diferencial de juros.
Fonte: StoneX