Fechamento SBV22 (03/ago): 17,77 c/lb (+8 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 17,36
Resistência: 18,08
Neste momento SBV22: 17,74 c/lb ( -3 pts)
Após ter testado a mínima de doze meses no início da semana, o futuro do açúcar demerara engatou o 3º pregão de alta consecutiva, corrigindo parcialmente as quedas recentes, em meio a influências mistas no mercado atual. Se de um lado tem o cenário de aversão ao risco com perspectiva de retração econômica e fortalecimento do dólar, trabalhando pressão sobre o NY; do outro tem os prêmios físicos do açúcar fortalecidos, lineups nos portos brasileiros em alta, preocupações com o clima seco no CS-Br e paridade do açúcar vs etanol adicionando suporte nas cotações.
O governo indiano autorizou ontem um aumento de 5,2% no preço mínimo da cana paga aos produtores de açúcar, conhecido como FRP (fair and remunerative price), valendo para safra 2022-23, a partir de out-22. O aumento de 290 para 305 rúpias ($3,85) por kg deverá manter o incentivo ao plantio da cana no próximo ciclo, corroborando com a expectativa da ISMA de mais uma safra robusta. Porém, este cenário adicionará suporte no preço do mercado interno indiano, devendo segurar volumes de exportação no próximo ciclo e, consequentemente, trazer suporte às cotações do NY no medio prazo.
A cotação do barril de petróleo vem tentando se sustentar acima dos $100 com dificuldade, se tornando agora um nível de resistência para o mercado. No pregão de ontem, o Brent chegou a negociar acima de $102/b após a reunião da OPEP+ relatar um aumento de produção de petróleo muito abaixo da expectativa do mercado, visto a pressão dos EUA nos países árabes para ampliarem a oferta. Porém, os dados de estoques de petróleo e derivados nos eua muito elevados derrubaram a cotação em mais de 3% e agora segue negociando a $97,20
Na Europa, o clima muito seco e quente no continente continua preocupando o desenvolvimento da beterraba. Com os estoques mais enxutos e o custo de produção bastante elevado, os preços no bloco europeu seguem fortalecidos, refletindo principalmente na alta do prêmio do branco que segue negociado ao redor de $ 137/ton. O preço de referência do gás natural europeu já registra alta de 152% em 2022, deslocando o preço físico na região ocidental da Europa para cima de US$ 950/ton, mais que o dobro do contrato do Londres #5 refinado.
Neste contexto de viés misto, o NY segue lateral nesta manhã, encontrando dificuldade de baixas ou de altas mais acentuadas, aguardando mais informações da safra do Brasil e sensível a movimentos pontuais dos fundos especulativos.
Câmbio
Fechamento (03/ago): 5,2831 (+0,06%)
_Viés do dia: misto _
Suporte: 5,18
Resistência: 5,34
Dollar Index: 106,365 (-0,13%)
Encerrando a última sessão praticamente sem alterações em relação ao fechamento de terça-feira, o dólar alternou entre ganhos e perdas diversas vezes antes de terminar o pregão estável em dia de decisão de juros no Brasil. A sessão morna do mercado de divisas e a escalada do IBOV representaram, ambas, certa antecipação dos agentes frete à decisão do Copom após o término do pregão, a qual foi divulgada com a elevação da Selic em 0,5pp, aos 13,75%. O patamar atual dos juros, apesar de condizer com as expectativas do mercado, deverá ter seus impactos mensurados somente na sessão de hoje, com agentes remontando suas posições frente ao novo nível da taxa básica de juros.
Na perspectiva norte americana, a sessão de hoje será palco da divulgação de diversos indicadores econômicos, concentrados principalmente na parte da manhã. De início, teremos o indicador de Demissões Anunciadas (8h30), seguido por dados de Exportações e Importações (9h30) e, por fim, a divulgação da Balança Comercial e Pedidos Iniciais por Seguro Desemprego (9h30). Tais indicadores servirão de base ao mercado para avaliar o panorama econômico do país no último mês.
Na sessão de hoje, índices asiáticos encerraram majoritariamente em alta, ao passo em que mercados europeus sobem e futuros americanos operam próximo da estabilidade. O movimento na Europa reflete a antecipação dos investidores para com a decisão quanto à taxa de juros no Reino Unido, a qual é esperada pelo mercado com uma elevação de 0,5pp, atingindo 1,75% ao ano. A decisão trará um novo parecer sobre a visão dos dirigentes monetários da segunda maior economia da Europa sobre a escalada de preços da região e será sucedida pelo discurso de Bailey, o que deve impactar o restante da sessão a depende do teor das falas da dirigente. No mais, o discurso de Elderson (11h30), do BCE, também deverá ser acompanhado de perto pelos investidores, possivelmente contribuindo com volatilidade à sessão europeia.
Fonte: StoneX