Fechamento SBH22 (01/out): 20,06 c/lb (-28 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,50
Resistência: 20,38
Neste momento SBH22: 20,06 (unch)
Os futuros do demerara encerraram a semana com perdas nos contratos mais próximos e ganhos a partir de Maio’23. A queda parece refletir a entrega mais fraca do Out’21 na véspera mas, ainda assim, o contínuo permaneceu acima dos 20 c/lb.
Acreditamos que o mercado deve seguir dentro do range de 19,40 e 20,40 c/lb, oscilando ante a restrição de oferta versus uma demanda ainda enfraquecida no curto prazo. O rompimento desses níveis está atrelado principalmente à oferta do CS e, consequentemente, ao desempenho das chuvas durante a entressafra na região, essencial para o bom desenvolvimento da cana. No curtíssimo prazo, a previsão é de avanço da precipitação nesta primeira metade outubro, primeiro de forma irregular e, em seguida, de forma mais consistente. Para os próximos 15 dias, esperamos cerca de 58 mm de chuva, o que já representa 73,3% do observado em outubro de 2020 e 54% da média mensal de 5 anos. Reforçamos ainda que, além de as chuvas trazerem melhoras nas perspectivas para a próxima safra, elas podem inclusive estender a safra atual um pouco mais do que o esperado, já que dias chuvosos devem atrapalhar a moagem. Apesar deste cenário trazer certo alívio, o desempenho nos próximos meses é crucial para impactos mais efetivos nas plantações e, portanto, nas cotações.
O petróleo Brent fechou a semana em 79,28 US$/barril (+10,74% no mês), abrindo espaço para reajuste positivo de 40 centavos no preço da gasolina A pela Petrobras, o que traria forte suporte e mais liquidez ao etanol no patamar dos R$ 4,00/L. Ainda, a aproximação do feriado do dia 12 de outubro pode contribuir para a liquidez no mercado físico de etanol. Nas bombas, os preços de ambos os combustíveis seguem renovando máximas nominais, com a paridade em SP agora em 78,3%. Neste sentido, os holofotes estarão voltados para a reunião da Opep+ iniciada hoje às 7h, uma vez que se a organização mantiver o aumento planejado de 400 mil bpd em novembro, as cotações do Brent podem passar a trabalhar acima dos US$ 80/barril e elevar ainda mais a pressão por aumento nos preços da gasolina no Brasil.
Câmbio
Fechamento USDBRL (01/out): R$ 5,3645 (-1,44%)
Viés do dia: Misto
Suporte: R$ 5,30
Resistência: R$ 5,45
Dollar Index: 93,898 (-0,16%)
Em meio à um movimento internacional de retomada pelo apetite ao risco, com o dólar perdendo força ante os pares, a primeira sessão de outubro foi de realização de lucros e consequente fortalecimento do real; foi a maior desvalorização diária do dólar frente à divisa brasileira desde 9 de setembro. Ainda assim, a variação semanal foi de +0,47%, quarta semana consecutiva de alta.
No exterior, os próximos passos do Fed seguem como principal driver no mercado cambial, e a contínua percepção do mercado de que a instituição está cada vez mais próxima de cortar liquidez trouxe o DXY para patamares não vistos desde o ano passado. Para calibrar expectativas em relação a essa decisão, o mercado deve acompanhar de perto os números do mercado de trabalho americano: ADP na quarta (06), pedidos por seguro-desemprego na quinta (07) e o Payroll na sexta (08) serão os itens mais importantes da agenda econômica.
Já no Brasil, é o cenário fiscal e a consequente deteriorização da economia que seguem mantendo o real depreciado. O IPCA de setembro, a ser divulgado na sexta (08) deve dar mais indícios ao mercado dessa situação, bem como um possivel direcionamento dos próximos passos do Copom.
Hoje, em meio ao super feriado chinês que dura uma semana, vem da Ásia as principais preocupações que atingem o mercado global. Novos temores em relação ao default da Evergrande fizeram com que as ações da companhia fossem suspensas em Hong Kong, além de que novas tensões Sino-americanas devem vir ao radar uma vez que os EUA devem comunicar ao gigante asiático que este não cumpriu parte do acordo comercial firmado entre as potências, o que deixa o dia com sentimento misto e bolsas globais operando em leve queda.
Fonte: StoneX