(05/08/22) StoneX: Açúcar & Etanol

Notícias do Mercado

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(05/08/22) StoneX: Açúcar & Etanol

05/08/2022

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Fechamento SBV22 (04/ago): 17,55 c/lb (-22 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 17,36
Resistência: 18,08

Neste momento SBV22:  17,66 c/lb ( +12 pts)

 

Em mais uma sessão de indefinição, o NY encerrou a última quinta-feira em queda de 22 pontos, cotado em 17,55 c/lb no fechamento, após ter trabalhado em alta e atingido a máxima de 17,86 c/lb no início do pregão. O baixo volume (77 mil lotes na somatória do board) e a lateralidade dos fechamentos da tela de Out’22 desde o final de julho são sintomas das influências mistas que o mercado têm precificado.

 

O deslize do petróleo e a revisão para baixo de 0,20 R$/litro do diesel no Brasil, anunciado pela Petrobras ontem, aumentam a percepção de que novos recuos da gasolina podem se materializar em breve – de acordo com o acompanhamento da StoneX, caberia redução de mais 10% no preço da gasolina, ao redor de 0,38 R$/litro. O contexto baixista dos combustíveis reforça percepção de mix açucareiro no CS-BR e contribui com a fraqueza que temos observado nas cotações.

 

Por outro lado, o mercado físico para exportação segue ávido pelo açúcar brasileiro em meio à oferta limitada da Índia nesse momento, cujas usinas já praticamente esgotaram a cota de exportação para 21/22. Assim, os line-ups seguem fortalecidos no BR - quase 2,5x do volume que se observava nesse mesmo momento em 2021 – bem como os prêmios de exportação. 

 

Ao passo que a resiliência do físico não consegue suportar uma recuperação de preço mais expressiva, o espaço para queda também parece limitado atualmente. Cotado e R$ 3,22/litro (em Ribeirão Preto/SP com impostos) o etanol hidratado tem paridade ao redor dos 17,00 c/lb na mesma base do açúcar. 

 

Assim, novos motivadores seguem sendo monitorados pelo mercado para romper com a lateralidade observada nas últimas sessões. Seja por novos vetores baixistas no mercado de combustíveis, que teriam condições de manter viés de queda para o etanol – baixando a paridade e, consequentemente, o piso para o açúcar – seja pela materialização de um gargalo no trade-flow ao longo desse mês e do próximo, dado o contexto observado atualmente no mercado físico de exportação do BR. A evolução da safra do CS-BR será determinante nesse sentido.

 

Na manhã dessa sexta-feira o açúcar NY trabalha próximo da estabilidade, com leve viés positivo e petróleo recua ao redor de -0,5%. Os dados de Payroll, importante termômetro do mercado de trabalho norte-americano, é o foco das expectativas para os mercados nessa manhã.

 

Câmbio 

Fechamento (04/ago): 5,2149 (-1,29%)
Viés do dia: misto/altista
Suporte: 5,13
Resistência: 5,38

Dollar Index: 105,92 (+0,21%)

 

Na sessão de ontem o dólar ensaiou uma alta no início da sessão, chegando a negociar em 5,29, porém perdeu força e terminou a sessão com queda acima de 1%, com a moeda americana perdendo força internacionalmente, tanto em relação a divisas fortes como a emergentes, na véspera da divulgação de importantes dados de emprego nos EUA.

 

Hoje, nosso câmbio pode ter mais uma sessão guiada pelo sentimento internacional, assim como nos últimos 3 meses, em que a correlação do USDBRL e Dollar Index tem estado em 92%. No pregão de hoje o cenário externo está com todas as atenções voltadas para a divulgação dos dados do mercado de trabalho dos EUA referentes a julho, que deve ocorrer por volta das 09h. A decisão de aumento de juros nos EUA, pelo Fed, tem buscado desacelerar a economia de maneira suave de maneira que causem menor impacto no mercado de trabalho e alívio na pressão inflacionária. A expectativa é que em julho a abertura líquida de vagas tenha se reduzido para 250 mil, ante 372 mil em junho. 

 

Hoje as bolsas nos mercados globais operam com sentimento misto, com índices europeus com leve queda e bolsas em Xangai e Tóquio avançando, ao passo que futuros americanos oscilam em sentimento misto com variações leves. O início da sessão é de cautela até a atualização do Payroll. Os investidores aguardam os números mensais de emprego nos EUA em busca de possíveis sinais de fraqueza, como tem sido a expectativa do mercado, que poderiam levar o Fed a decidir que precisa diminuir os aumentos das taxas de juros para não comprometer tanto a economia, e que naturalmente deve reduzir inflação. Casos os dados venham indicando números mais positivos para a criação de empregos, isso pode trazer fortalecimento para o dólar na sessão.

 

Fonte: StoneX

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