Fechamento SBH22 (05/jan): 18,34 c/lb (- 41 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 18,20 e 17,90
Resistência: 18,50 e 18,70
Neste momento SBH22: 18,32 (- 1 pt)
Na quarta-feria, o contrato contínuo do NY#11 apresentou forte queda, com variação de -2,19% em relação ao dia anterior. O contrato atingiu a máxima de 18,80 c/lb na abertura e rompeu os principais suportes na sequência (18,70, 18,53 c/lb e 18,40 c/lb) e finalizou próximo a mínima do dia de 18,32 c/lb. Um importante suporte rompido foi da média móvel de 200 dias (18,53 c/lb), o que pode levar a uma continuação do movimento de queda pontualmente nos próximos dias.
Tal variação expressiva pode ser atribuida a três motivos centrais. Primeiramente, o potencial de alta incidência de chuvas em janeiro no Centro Sul, tal fator corrobora as expectativas da recuperação parcial da safra brasileira e diminui o suporte ao mercado. Em segundo, a projeção de menor crescimento do Ciclo Otto para 2022 reflete em possível menor aumento da produção de açúcar. E por fim, os dados positivos na produção açúcareira da Índia e Tailândia apresentam maior potencial de exportação.
Hoje, o mercado de açúcar abriu em leve queda a 18,32, seguindo o movimento apresentado ontem. Tal movimento se difere do contrato do Brent que segue em duas semanas de alta, aproximando-se dos US$ 82,00/barril, dada alta de 1,36% em relação ao dia anterior hoje, gerando ainda mais atenção ao movimento contrário do açúcar em NY.
Câmbio
Fechamento (05/dez): 5,7163 (+0,56%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,63
Resistência: 5,78
Dollar Index: 96,17 (-0,01%)
Na última sessão, o dólar continuou o movimento de valorização ante o real. Apesar da divisa brasileira se manter resistente ao longo de boa parte do dia, alcançando a mínima de 5,6426 (-0,83%), aguardando maiores informações com a divulgação da Ata da última reunião do FOMC, o movimento foi revertido após o documento indicar a possibilidade de movimentos antecipados pelo Fed.
A Ata da Reunião do FOMC apontou que o mercado de trabalho nos EUA vem se recuperando de forma robusta, fator suportado pela divulgação dos dados da ADP, indicando a criação de 807 mil empregos em dezembro, valor superior ao dobro da mediana das expectativas. Deste modo, a posição do dirigente do FED é de que além de retirar os estímulos antes do prazo, os juros também deverão ser elevados em um futuro mais próximo como forma de conter a pressão inflacionária no país. Adcionalmente, o FED também sinalizou uma possível redução de sua carteira de ativos, não se limitando a apenas parar de fazer novas compras.
No Brasil, a incerteza fiscal também deve pressionar o real, principalmente após o movimento dos servidores da Receita Federal e Banco Central reivindicando maiores salários. Sendo assim, o ano deve ser marcado por fortes pressões para a moeda brasileira, intensificado pelo ano eleitoral.
Hoje, maior parte das bolsas asiáticas fecharam em queda; mercados europeus e futuros americanos também seguem negativos respondendo ao movimento de contração do FED. Às 09:00, teremos a divulgação da Produção Industrial do Brasil em dezembro, cuja expectativa é de alta. Nos EUA, às 10:30, teremos a divulgação dos pedidos iniciais de seguro desemprego e os números de importação e exportação que podem impactar na volatilidade da moeda.
Fonte: StoneX