Fechamento SBK22 (05/abril): 19,65 c/lb (+ 4 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,52 e 19,21
Resistência: 19,67 e 19,81
Neste momento SBK22: 19,63 (-2 pts)
Os preços do açúcar encerraram em leve alta nesta terça-feira. Tal situação foi impulsionada pela repercussão da alegação de crimes de guerra na Ucrânia e seu possível resultado internacional, a adoção de sanções ainda mais duras contra a Rússia. Hoje, o mercado abre em alta, seguindo o movimento do Brent, que sobe + 1,45%, diante da divulgação de novos bloqueios econômicos à Rússia e dia marcado por novos encontros sobre o tema.
A guerra entre Rússia e Ucrânia enfrenta um novo capítulo diante do constante ataque russo, forças ucranianas e internacionais divulgaram cenas de assassinatos de civis na cidade de Bucha, considerado crime de guerra. Diante disso, diversos países declararam que novas sanções serão estabelecidas contra a Rússia em busca de promover aumento da pressão para o estabelecimento de cessar-fogo. Ontem, a União Europeia propôs sanções de proibição da compra de carvão russo e bloqueio da entrada de navios russos nos portos da UE. Hoje, seguem as discussões acerca dos novos bloqueios que serão introduzidos à Rússia.
No Centro-Sul, março finalizou com 150,9 mm de precipitação ultrapassando em 19,82% a média dos últimos 10 anos. O nível de chuvas impactou o início da moagem nos canaviais, que postergaram as atividades em uma quinzena. No momento, no mês de abril a precipitação foi de 11,9 mm, enquanto a projeção para a primeira quinzena do mês segue acima da média histórica, porém a expectativa é que na segunda quinzena ocorra uma forte redução.
No mercado de combustíveis, o hidratado apresentou recuo de 1,20%, à em R$ 4,10/L (PVU em Ribeirão Preto/SP), equivalente à um NY#11 de 21,28 c/lb, valor bem acima das cotações atuais do adoçante e que pode indicar forte resistência de preços para o biocombustível. Os agentes agora devem observar de perto as atividades de início de moagem, que não deve ser uniforme no CS, para observar a dinâmica do mercado de etanol na região.
Câmbio
Fechamento (05/abr): 4,6512 (+1,24%)
Viés do dia: misto
Suporte: 4,59
Resistência: 4,67 e 4,75
Dollar Index: 99,51 (+0,04%)
Na terça feira, o par USDBRL voltou a ganhar força, com agentes observando novos eventos no conflito entre Rússia e Ucrânia, refletindo em um movimento de aversão a riscos entre os investidores. Durante a sessão, a divisa brasileira perdeu força ao longo de todo o período, com o DXY encerrando o dia cotado a 99,5 pontos (+0,5%), maior nível desde maio de 2020. A valorização da divisa americana também refletiu perspectivas de um aperto monetário mais acelerado por parte do FED.
No exterior, o principal ponto de atenção ainda deve ser o desenvolvimento do conflito no Leste-Europeu. Após o recuo das tropas russas ao redor de Kiev, sinais de supostos crimes de guerra foram observados, com civis executados pelo exército russo na cidade de Bucha. Desse modo, a comunidade internacional se prepara para uma nova rodada de sanções econômicas contra a Rússia, fator que gera tensão entre os agentes e favorece a divisa americana, com o DXY acumulado alta de 1,7% nas últimas quatro sessões. Até o momento, a Comissão Europeia anunciou a proibição de transações com mais bancos russos, além da proibição de importação de carvão mineral e da entrada de navios e transportes terrestres russos. Já os EUA anunciaram a suspensão de pagamentos relacionados à dívida pública russa a todos os credores.
Nos EUA, os comentários de Lael Brainard (membra do FOMC), sinalizando a necessidade de uma estratégia mais firme por parte do Federal Reserve no combate à inflação também fortaleceram a divisa americana. Brainard, que geralmente adota postura mais ponderada nas ações da instituição, indicou a urgência da elevação da taxa de juros de forma consistente, além da necessidade de redução do balanço patrimonial já na próxima sessão, que ocorre no próximo mês, fatores que devem corroborar o cenário de aperto monetário do país, favorecendo a performance do dólar.
Hoje, bolsas asiáticas encerraram a sessão majoritariamente em queda, refletindo o movimento de valorização dos Treasuries americanos. Bolsas europeias e futuros americanos também operam negativamente, com agentes aguardando a divulgação da ata da última reunião do FOMC ainda hoje, que deve direcionar o ritmo do aperto monetário do FED.
Fonte: StoneX