Fechamento SBV22 (05/07): 17,80 c/lb (- 27 pts)
Viés do dia:
Suporte: 17,57
Resistência: 18,08 / 18,38
Neste momento SBV22: 17,80 (0 pts)
A volta do feriado dos EUA foi marcada por forte sell-off no mercado financeiro global nesta terça-feira e o açúcar entrou nesta dança, ainda que com perdas bem menos acentuadas do que as verificadas em outros mercados, como o de petróleo, com o WTI caindo mais de 10%, voltando a operar abaixo dos 100 USD/b.
O contrato de outubro do NY até ensaiou alta de manhã, mas virou para terminar com queda de 1,5%, cotado a 17,80 c/lb, seu menor valor em 4 meses. O mercado rompeu e se consolidou abaixo de médias móveis importantes, o que o deixa tecnicamente vulnerável a novas perdas. Nesta manhã mercados operam próximo de estabilidade, ensaiando tímida recuperação.
Ademais os fundos especulativos têm reduzido suas apostas altistas, e inclusive devem ter virado a mão e já estarem liquidamente vendidos no mercado de NY (no último relatório – data base 28jun- estavam liquidamente comprados em pouco menos de 13 mil lotes e desde então o mercado caiu 70 pontos).
Além do cenário macro, as mudanças tributárias dos combustíveis e a alta do dólar também explicam a queda do açúcar. Hoje o etanol hidratado em Ribeirão Preto (com ICMS) é negociado ao redor de R$ 3,20/l, o que equivale a um NY de 16,72 c/lb. Há uma semana este break-even estava em 18,65 c/lb. Será que o açúcar virá buscar esta paridade? Não descartamos essa possibilidade...
Câmbio
Fechamento (05/jul): 5,3883 (+1,10%)
Viés do dia: Misto/altista
Suporte: 5,28
Resistência: 5,41 e 5,48
Dollar Index: 106,545 (+0,21%)
Em nova sessão caracterizada por alta aversão ao risco global, no retorno às atividades após o feriado de Independence Day nos EUA, o dólar operou em forte alta frente o real nesta terça, atingindo patamares não vistos desde o final de Janeiro, chegando a romper a barreira psicológica dos R$ 5,40 no intraday e encerrando próximo às máximas da sessão.
O par USDBRL, que no ano chegou a acumular queda de 17,33% no início de abril, com o real liderando ganhos entre as divisas, reduziu a queda no período para 3,31% após o movimento de ontem; ainda assim, o real é uma das únicas divisas que acumulam ganhos frente ao dólar esse ano, ao lado de Sol Peruano e Rublo russo. Tecnicamente, a cotação do dólar chegou à um patamar de stress, tendo rompido todas as resistências de curto prazo e com os indicadores RSI acima do breakeven de 70 pontos, logo não descarta-se uma correção nas próximas sessões. Caso contrário, a virada de chave para a tendência de alta pode se consolidar de vez.
No exterior, o Dollar Index renovou suas máximas em duas décadas, motivado principalmente pela derrocada do Euro, que foi ao patamar mais depreciado de 2002 ao passo que o par USDEUR aproxima-se da marca de 1,00. A fraqueza da moeda comum europeia se deu frente à perspectivas ruins para a economia do continente, somados a uma greve de trabalhadores noruegueses de petróleo e gás trazendo ainda mais dúvidas à já delicada situação energética da região, potencializando temores de recessão no velho mundo.
Hoje, índices asiáticos operam em queda, mas bolsas europeias corrigem pra cima após o movimento de ontem. A agenda está repleta de indicadores secundários da economia americana ao longo da manhã, mas o grande ponto de atenção da sessão será a divulgação das atas da reunião do FOMC às 15h, que passará de vez ao mercado a forma como a instituição está enxergando a conjuntura macro e fornecer noções de seus próximos passos.
Fonte: StoneX