Fechamento SBV23 (05/09): 26,65 (+84 pts)
Viés do dia: misto
Suporte: 26,15 / 25,80 / 25,03
Resistência: 27,00 / 27,41
Cotação neste momento (SBV3): 26,80 (+15 pts)
O açúcar em NY rompeu todas as resistências mais próximas na sessão de ontem e veio buscar os 27,00 c/lb, fazendo máxima em 26,94 c/lb na tela de Out/23 (+113 pts), antes de devolver uma parte dos ganhos e encerrar o dia ainda com alta expressiva de 3,25%. Na tela de Mar/24, o açúcar chegou a romper a barreira dos 27, com máxima em 27,18, mas encerrou o dia em 26,90 c/lb (+3,26%).
O movimento foi influenciado por fatores variados. No campo dos fundamentos do mercado de açúcar, a fala do chefe do departamento de inteligência de mercado de uma das maiores tradings de açúcar do mundo foi um dos principais drivers da sessão, ao projetar déficit de 5,4 MMT na safra global 23/24. A expectativa reflete principalmente as chuvas abaixo do normal na Índia, que podem levar a uma quebra no segundo maior produtor do mundo. Até ontem, as chuvas acumuladas desde o início do período de monções estão 13% e 19% abaixo do normal nos estados de Maharashtra e Karnataka, respectivamente. Para o mês de setembro, contudo, são esperadas chuvas dentro da normalidade.
Além disso, as chuvas nesse início de mês no estado de SP e sul de MG levaram à interrupção pontual das atividades em algumas unidades produtoras, adicionando mais uma preocupação quanto à oferta de açúcar, que atualmente depende quase exclusivamente do Centro-Sul brasileiro. De acordo com as previsões, as chuvas acima do normal podem persistir nessas regiões até o final dessa semana pelo menos, devendo dar uma trégua na segunda semana do mês.
Ainda assim, mesmo com a alta expressiva nas primeiras telas do açúcar, chamamos a atenção para a alta de apenas 1 ponto no spread V-H, que fechou em -0,23 c/lb, enquanto o spread H-K chegou a subir quase 19 pontos na máxima do dia, sinalizando maior preocupação de fato com o primeiro trimestre de 2024.
Por fim, o suporte pode ter sido reforçado também pelo anúncio de que Arábia Saudita e Rússia irão estender seus cortes voluntários na oferta de petróleo até dez/23 (totalizando juntos uma redução de 1,3 Mbpd na oferta), o que levou a uma alta de mais de 1% no petróleo Brent, que chegou a US$ 91,15/barril na máxima do dia. De acordo com a metodologia StoneX, haveria espaço para alta de cerca de R$ 0,25/litro no preço da gasolina A da Petrobras.
Fonte: StoneX