Fechamento SBH22 (03/dez): 18,75 c/lb (+13 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 18,50 e 18,00
Resistência: 18,96
Neste momento SBH22: 18,87 (+12 pts)
O mercado de açúcar trabalhou no positivo durante toda a sessão de sexta-feira, oscilando entre a mínima de 18,67 c/lb e a máxima de 18,96 c/lb, com o contínuo encerrando praticamente no centro dessa banda. Sem muitas novidades nos fundamentos, a movimentação segue respondendo ao cenário macroeconômico, que ainda processa a nova variante da Covid e consequentes alterações no mercado de combustíveis.
Hoje, o mercado amanhece em leve alta, dando continuidade a recuperação, e deve encontrar resistência ao redor dos 18,96 - 19,00 c/lb.
A dinâmica do mercado de combustíveis doméstico merece atenção, tendo em vista que o etanol hidratado recuou mais 5 centavos e encerrou a semana cotado à R$ 4,05/L (-3,57% na semana); já o anidro recuou 25 centavos, agora em R$ 4,10/L (-3,33% na semana). Apesar do arrefecimento do biocombustível colocar a paridade do hidratado em 17,60 c/lb, vemos que preços abaixo de 18,50 c/lb parecem pouco prováveis, já que desestimulariam ainda mais as exportações indianas, cujo breakeven atual sem subsídios se encontra em 19,30 c/lb. Por outro lado, o presidente Bolsonaro afirmou que a Petrobras anunciará ainda nesta semana um reajuste negativo nos preços da gasolina A, o que pode pressionar ainda mais os preços de hidratado. A paridade internacional aponta espaço para queda de até 34 centavos por litro.
Vale destacar também os dados trazidos pelo relatório do CFTC, cobrindo a posição dos agentes até terça (30/11), capturando expressivamente o selloff. O relatório apontou que specs reduziram significativamente seu saldo comprado em mais de 66 mil lotes (-31,93%), para 140.792 contratos, menor saldo desde o fim de julho de 2020, quando o ciclo de valorização das commodities se iniciou. Já comerciais reduziram seu saldo vendido em 68 mil lotes (-17%), para 333.283 contratos.
Câmbio
Fechamento (03/dez): 5,6530 (+0,24%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,56
Resistência: 5,75
Dollar Index: 96,203 (0,05%)
Na sexta-feira, o dólar ganhou força ante o real, em um cenário mundial de maior aversão ao risco. Ainda assim, com a PEC dos precatórios aprovada no Senado, a divisa brasileira apresentou uma melhor performance ante outras moedas emergentes.
No Brasil, na terça (07) e quarta (08), o Comitê de Política Monetária (COPOM) se reunirá para decidir a taxa de juros (Selic). Ao que tudo indica, o comitê deve elevar a taxa em 1,50 p.p, de acordo com as projeções do último Boletim Focus, o qual apontava a Selic em 9,25 p.p até o fim de 2021 e que hoje se encontra em 7,75 p.p. No entanto, com a queda do PIB divulgada na última semana (-0,1%) e o avanço da variante Ômicron, o nível da elevação da taxa ainda é incerto, mas o aumento em torno de 1,50 p.p é muito provável, podendo conter o avanço do dólar ante o real.
Nos EUA, os dados sobre o mercado de trabalho se apresentaram negativos para o quadro de recuperação da economia; apesar da taxa de desemprego em 4,2%, abaixo do projetado, a remuneração média por hora e a criação de novas vagas (210 mil ante 533 mil esperados) refletem uma recuperação econômica abaixo das expectativas. Desse modo, a aceleração do aperto monetário pelo Fed pode ser afetada, apesar das indicações que a retirada dos estímulos deve terminar antes do esperado.
No cenário internacional, a África do Sul apontou que a nova cepa não representa aumento significativo no número de hospitalizações, indicando que a variante não oferece grau elevado de risco. Hoje, bolsas asiáticas apresentaram resultados variados, ao passo que futuros americanos e bolsas europeias trabalham no positivo.
Fonte: StoneX