Fechamento SBK22 (07/mar): 19,35 c/lb (+ 42 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,50 e 19,40
Resistência: 19,80 e 19,95
Neste momento SBK22: 19,74 (+ 39 pts)
Na semana passada, o contrato de Mai/22 encerrou mais uma vez em alta, influenciado pela continuidade do conflito no Leste Europeu, seguida pela alta histórica no preço do petróleo e aversão ao risco dos investidores.
Ontem, o petróleo atingiu níveis historicamente altos, batendo US$130,14, após declaração do Secretário dos EUA acerca da possível proibição de importações de petróleo bruto russo. Nesta manhã, o petróleo iniciou em alta, US$ 124,99 (+6,88). Tais valores intensificam o alto risco de reajuste da Petrobras, que, na última atualização (04/03) apresentava espaço para alta de até 0,9522 R$/L.
Diante da alta do petróleo, o contrato do açúcar em Londres também atingiu níveis recordes, precificado à US$ 543,00/L (+2,01%), o que reflete as expectativas de aumento nos custos de refino e contribui também com a alta do açúcar bruto em NY.
No Centro-Sul brasileiro, as chuvas até dia 02/03 marcam 12,23 mm, e a previsão para os próximos 15 dias é de mais 115,18 mm, o que equivale a 91,7% do nível total do mês de março na média dos últimos 10 anos. O acompanhamento do nível de chuvas de março ainda é fator determinante para início de moagem e projeção da próxima safra (2022/23).
Câmbio
Fechamento (04/mar): 5,0660 (+0,77%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,00
Resistência: 5,11
Dollar Index: 99,266 (+0,77%)
Na última sessão o par USDBRL se manteve praticamente estável, com leve valorização da moeda americana ante o real; ainda assim a curta semana foi marcada pela queda do par em 1,5%, redução de 8,9% no ano. Apesar da boa performance do dólar frente a outras moedas fortes, caracterizada pelo maior valor do DXY desde maio de 2020, que encerou a semana cotado à 98,6 pontos (+2,1% na semana e 3,2% no ano), segue o apetite por moedas de países com a economia atrelada a exportação de commodities, na expectativa por novas altas no setor alimentício, de metais e energético, frente o avanço dos conflitos no Leste Europeu.
No cenário interno, a semana deu continuidade a entrada de um grande fluxo de capital externo no país (US$ 6,34 bi), fator que deu sustentação a valorização do real; ainda assim, com um cenário internacional de aversão à riscos, agentes observam a escalada do conflito entre Rússia e Ucrânia, fator que pode desfavorecer moedas emergentes, com a busca por investimentos seguros. Ainda assim, no curto prazo, as expectativas frente a valorização das commodities tendem a fortalecer a divisa brasileira. Nesta semana, o Senado voltará a analisar os dois projetos de lei que buscam conter o avanço dos preços dos combustíveis, com sessão marcada para quarta (09); na sexta (11), será divulgado o IPCA, fator que deve estar no radar dos agentes, considerando a próxima reunião do COPOM, na próxima semana, com a decisão da nova taxa de juros.
No cenário externo, os conflitos no Leste Europeu seguem como principal ponto de atenção e, após o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, declarar que países aliados consideram proibir importações de petróleo russo, o Brent alcançou novas máximas hoje, alcançando o patamar de US$ 130,71, com agentes apontando o risco de estagflação global, pressionando diversas bolsas ao redor do mundo. Nos EUA, a semana contará com a divulgação do IPC na quinta-feira (10), fator que deve dar indícios da próxima ação do FED na reunião do FOMC agendada para a próxima semana, com agentes aguardando uma elevação recorde na taxa de juros, frente ao cenário inflacionário no país.
Hoje, bolsas globais apresentam perdas após a escalada do preço do petróleo e a continuidade dos conflitos durante o final de semana, com a Rússia intensificando os ataques à Ucrânia, na tentativa de isolar a capital Kiev. Hoje, uma nova rodada de negociações deve acontecer, mas após a Rússia não respeitar a decisão do último acordo referente aos corredores humanitários para a evacuação de civis, a expectativa é que o acordo de cessar fogo não aconteça.
Fonte: StoneX