Fechamento SBK21 (06/abr): 15,16 c/lb (+32 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte:14,86
Resistência:15,56
Neste momento SBK1: 15,09 (-7 pts)
Na terça-feira, futuros do demerara auferiram ganhos expressivos ao longo de toda a curva futura, com o contrato contínuo Maio/21 voltando a fechar acima do patamar de 15 c/lb e da média móvel de 100 dias (15,07). Em Londres, o movimento foi semelhante, mas o prêmio do branco segue se afastando das máximas observadas no ano passado, encerrando o dia em US$ 93,48/t, contra US$ 118,34/t um ano antes.
O cenário macro segue suportando cotações, em meio às apreciações do petróleo e do real frente ao dólar. Além disso, o clima persistentemente mais seco no Centro-Sul é outro fator que gera preocupações para a produtividade da safra, uma vez que produtores já devem contar com um aumento do custo operacional do cultivo de cana de cerca de 6%, principalmente por conta do aumento do custo de fertilizantes, de acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Por fim, sinalizações de maior demanda asiática seguem no radar.
Referente aos preço no mercado interno, destacamos que o indicador Esalq fechou o dia em R$ 105,66/sc, acima, portanto, da paridade de exportação de R$ 103,97/sc. Entretanto, chamamos a atenção para um basis Esalq-NY relativamente enfraquecido para o período, já que ele se encontra em 0,76 c/lb, contra uma média de 2,38 c/lb nos últimos 5 anos, um reflexo das elevadas exportações e menor volume de negócios no mercado doméstico. Com isso, as perspectivas são de um tom mais baixista no mercado interno.
Dólar
Fechamento (06/abr): R$ 5,5923 (-1,31%)
Viés do dia: Misto/Baixista
Suporte: 5,53
Resistência: 5,74
Dollar Index: 92,241 (-0,10%)
Em meio a um cenário positivo para os mercados globais, com maior apetite ao risco, o real seguiu na esteira da maioria de seus pares e se apreciou ante o dólar. A divisa americana fechou no menor patamar em duas semanas também repercutindo um certo alívio no cenário interno quanto ao orçamento.
Notícias de que o Presidente Jair Bolsonaro deverá vetar partes do orçamento de 2021, que vem sendo motivo de estresse para o câmbio há algumas semanas, trouxe alívio e ajudou a ditar o ritmo baixista da sessão. No radar agora fica a questão das emendas e se o valor final do texto ficará dentro do teto de gastos - após os vetos, o projeto retorna à câmara que pode derrubá-los, mas como quem responderia por um eventual crime de irresponsabilidade fiscal seria o Presidente da República, a questão certamente será tratada com delicadeza.
O pacote trilionário de investimentos em infraestrutura americano segue como ponto importante no exterior, com a proposta do presidente Biden de elevação do imposto corporativo à 28% para custeio. Com um congresso dividido, fica claro que não será tão fácil para os governistas passarem facilmente suas propostas: caso apenas um democrata vote contra o partido no senado, a proposta não passaria, o que já deixa em aberto a possibilidade de revisão nos valores para facilitar a aprovação do texto.
Vale destacar também que o FMI revisou suas estimativas para crescimento da economia global, e espera que o PIB mundial avance 6%, algo que não ocorre desde meados dos anos 70; as melhoras nas perspectivas podem seguir sustentando o apetite ao risco nos mercados.
Fonte: StoneX