Fechamento SBN22 (06/06): 19,56 c/lb (+27 pts)
Viés do dia: Baixista
Suporte: 19,29 / 19,00 / 18,50
Resistência: 19,76 / 19,88 / 20,00
Neste momento SBN22: 19,32 (-24 pts)
O açúcar em NY abriu a semana com força após relatório do CFTC mostrar espaço para possível remonte nas posições compradas dos especuladores. O contrato contínuo do NY#11 chegou a fazer 47 pontos de alta na máxima da sessão antes de devolver uma parte e ainda encerrar com avanço considerável de 1,4%. Na abertura de hoje, contudo, o mercado já devolveu quase todos os ganhos da última sessão.
O movimento ocorreu em meio a um surpreendente volume de negócios do spread N2-V2, que totalizou 42.927 lotes. Após atingir -0,12 c/lb na máxima, o diferencial encerrou na mínima do dia, cotado a -0,18 c/lb, possivelmente pressionado pelo início da rolagem que antecipa a expiração do contrato de Jul/22. Inclusive, vale lembrar que hoje tem início o período oficial de rolagem dos fundos index, fato que pode continuar exercendo pressão sobre o diferencial N-V ao longo da semana.
No mercado de combustíveis, destacamos a melhora na competitividade do etanol nas bombas de SP após repasse parcial da recente queda dos preços nas usinas. Com a paridade caindo de 70,7% para 69,1% na última semana, acreditamos na gradual retomada na participação do biocombustível no consumo de ciclo otto, o que pode oferecer suporte às cotações nas usinas, que seguem na média de R$ 3,80/l (PVU com impostos). Tal movimento, contudo, pode ser interrompido pela eventual aprovação no congresso do projeto que visa o congelamento do ICMS da gasolina, o que traria a paridade nas bombas para cima de 70% novamente.
Ainda sobre o etanol, a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) revisou os mandatos de mistura de biocombustíveis no país. Para 2022, a agência estabeleceu um volume de 20,63 bilhões de galões (78,09 bilhões de litros). A meta é menor do que a previamente anunciada em dezembro, mas ainda assim representa aumento de 1,79 bilhões de galões com relação a 2021 e é a maior da história, fato que pode seguir oferecendo suporte ao etanol e biodiesel norte-americanos.
Câmbio
Fechamento (06/jun): 4,7943 (+0,40%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 4,72
Resistência: 4,87
Dollar Index: 102,6360 (+0,19%)
Encerrando a segunda-feira em discreta apreciação diante do real, o dólar novamente repercutiu um exterior de cautela dentre investidores, bem como ruídos internos da política brasileira, impulsionando a moeda americana por ambos os lados. A valorização também foi sentida contra divisas das principais economias, com o DXY avançando ao final da tarde de ontem.
Na perspectiva brasileira, desdobramentos sobre a proposta de isenção do ICMS, a qual isenta de tributação o diesel e gás de cozinha e reduz sua incidência sobre a gasolina e etanol, tem elevado a percepção de risco-Brasil no exterior. A proposta eleva a possibilidade de um desfalque fiscal visto que, por hora, não há uma compensação integral da redução de tributos aos cofres estaduais, podendo prejudicar a austeridade fiscal em ano eleitoral. No curto prazo, caso aprovada, a proposta poderia pressionar o real frente a seus pares a ao dólar, induzindo a retirada de capital estrangeiro do país.
No cenário internacional, diante dos receios quanto o avanço da inflação pelo globo, a sessão de hoje será marcada pela divulgação de diversos indicadores econômicos mundo a fora, com agenda já iniciada pela elevação dos juros australianos (+0,5%) e a divulgação do PMI Britânico (53,1) um pouco abaixo do projetado. No mais, o dia também contará com o PMI canadense (11h) e a divulgação do PIB japonês (20h50), devendo embasar um panorama diversificado quanto à situação econômica global e provavelmente impactando no mercado de divisas a medida que o sentimento de aversão ao risco tomar um direcionamento pelos investidores.
Nessa terça-feira, índices futuros norte-americanos e bolsas europeias iniciaram a sessão em leve recuo, com ambos refletindo os crescentes receios quanto à possibilidade de recessão econômica. No mais, mercados asiáticos encerraram o pregão sem direção definida, com agentes devendo reagir a divulgação do PIB japonês na reabertura do mercado hoje a noite. Na semana, o mercado deve focar nas leituras de inflação sobre maio nos EUA, previstas para sexta-feira, com agentes projetando números abaixo de abril, o que significaria um pico para a inflação e devendo repercutir nos mercados de divisas de modo geral.
Fonte: StoneX