Fechamento SBH21 (08/fev): 16,27 c/lb (-15 pts)
Viés do dia: Misto/Altista
Neste momento SBH21: 16,32 (+5 pts)
Ontem, o NY#11 iniciou a sessão em alta, atingindo a máxima diária de 16,61c/lb, antes de reverter para queda no final do dia. Do ponto de vista altista, o petróleo Brent superou a marca de US$ 60/barril, e tem-se a expectativa de elevada entrega do H1 em Londres na sexta, dado que a oferta de açúcar branco no mercado físico é baixa, o que tem provocado o fortalecimento do spread dos contratos mais próximos H1-K1 para US$ 20/t e do prêmio do Branco para US$ 113,31/t. Entretanto, os futuros do demerara sofreram uma correção, principalmente por conta da rolagem de fundos para a tela K1, reduzindo o spread H-K em 6 pts.
O mercado de combustíveis merece atenção especial esta semana. Com alta de R$ 0,1683/l no preço da gasolina A ontem, o combustível se encontra nas máxima histórica, movimento que reflete a alta recente do petróleo internacional, somado ao dólar ainda em patamares elevados. Desde o início de janeiro, a gasolina A já acumula alta de 42 centavos, enquanto o repasse para as bombas de SP não chegou a R$ 0,30/l, deixando espaço para alta de cerca de R$ 0,15/l nos postos nas próximas semanas. No caso de continuidade no movimento de alta do petróleo, podemos ver uma alta ainda mais expressiva da gasolina A nas próximas semanas.
Referente ao etanol, o espaço para alta é bem menor (o indicador PVU da StoneX se apreciou 20 centavos no ano, contra uma alta de 12 centavos na bomba), o que pode trazer a paridade, que já se encontra a 69,8%, ainda mais para baixo. Tal movimento deve encorajar o consumo do biocombustível e oferecer suporte aos preços da usina, que já se encontram em R$ 2,68/l (PVU com impostos, em RP-SP), com pedidas chegando a R$ 2,72/l.
Dólar
Fechamento (08/fev): R$ 5,3575 (-0,38%)
Viés do dia: Baixista
Suporte: 5,23
Resistência: 5,39
Dollar Index: 90,556 (-0,42%)
Na segunda-feira, o dólar encerrou sessão em queda, seguindo o ambiente externo de maior tomada de risco e sinalizações internas do andamento da agenda de reformas. Na mínima do dia, a moeda americana rompeu o suporte de R$ 5,31 ao atingir R$ 5,3069, mas não conseguiu se sustentar.
As 3 bolsas de NY fecharam em suas máximas históricas, em meio ao otimismo com a aprovação do estímulo fiscal de R$ 1,9 tri no Congresso americano em breve. Logo, o apetite por risco se ampliou nos mercados, apesar dos treasuries americanos de 10 anos também terem se apreciado para até 1,2% na máxima do dia, dado maiores perspectivas inflacionárias, o que poderia levar à elevação dos juros e, consequentemente, pressionar o câmbio.
Já no Brasil, o mercado aguarda a votação da Câmara sobre a independência do Banco Centrao ainda nesta semana, além do envio da reforma administrativa para a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara hoje. Se as reformas derem prosseguimento, podemos ver o dólar adotando uma trajetória mais baixista contra o real. Entretanto, se a agenda reformista parece avançar na Câmara, sinais de alerta são emitidos pelo Senado, já que seu presidente, Rodrigo Pacheco, defendeu a extensão do auxílio emergencial, antes mesmo que as PECs que visem o controle de gastos entrem na pauta do legislativo, o que pode limitar a queda do dólar.
Fonte: StoneX