(08/03/22) StoneX: Açúcar & Etanol

Notícias do Mercado

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(08/03/22) StoneX: Açúcar & Etanol

08/03/2022

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Fechamento SBK22 (07/mar): 19,27 c/lb (-8 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,20 e 19,00
Resistência: 19,50 e 19,80

Neste momento SBK22: 19,15 (-12 pts)

 

Na última sessão, o contrato contínuo do NY#11 apresentou leves perdas, ao passo que demais telas apresentaram ganhos moderados, com altas mais significativas nos contratos mais distantes da expiração. Apesar de ter iniciado o dia em alta, influenciado pela alta acentuada do Brent, que alcançou US$ 139,13/barril diante de novos anúncios de possíveis sanções contra a Rússia, os preços do adoçante voltaram a cair durante a sessão com o arrefecimento nos preços do petróleo e a boa perspectiva da safra indiana.

 

A ISMA divulgou os dados da produção de açúcar indiana até 28 de fevereiro, elevando sua estimativa para 33,3 MMT até o fim do ciclo 2021/22, com 3,4 MMT destinadas à produção de etanol. No período foram produzidos 25,3 MMT no país, um aumento anual de 7,7%, com 516 usinas em operação, com apenas 27 usina com o ciclo de moagem encerrado, enquanto 99 já haviam finalizado as atividades no mesmo período em 2021. Tais fatores se colocam como um fator de resistência para altas na commoditie, considerando também o potencial de exportação do país em 7,5 MMT, contribuindo para o saldo de O&D global.

 

Por outro lado, a produção na Tailândia continua desacelerada com o avanço das chuvas, prejudicando as atividades de moagem no país.

 

Com o avanço dos preços do petróleo no mercado internacional, o Senado voltará a analisar os Projetos de Lei que buscam limitar o avanço dos preços dos combustíveis no mercado interno, com a gasolina tendo espaço para aumento de R$ 1,15 pela Petrobras. As duas propostas serão consideradas nesta quarta-feira (9), com a PLP 11/2020 buscando determinar uma alíquota única para o ICMS sobre combustíveis em todo país, ao passo que a PL 1472/2021 propõe a criação de um fundo de estabilização para a Petrobras. A sessão deve ter início às 16:00.

 

No mercado de combustíveis, a competitividade do hidratado na bomba, com a paridade em São Paulo em 69,4%, e perspectivas de aumento na gasolina A pela Petrobras, vem impulsionando uma correção de preços, após quedas recentes e o biocombustível segue apresentando recuperação, cotado a R$ 3,65/l, equivalente a 17,63 c/lb nos preços do NY#11.

 

Câmbio

Fechamento (07/mar): 5,0981 (+0,63%)
Viés do dia: misto
Suporte: 5,00
Resistência: 5,14

Dollar Index: 99,236 (-0,06%)

 

Durante a última sessão, o dólar operou praticamente lateralizado diante do real, com a discreta alta da moeda americana tendo refletido principalmente a instabilidade a cerca da possibilidade da proibição de importação do petróleo russo por diversos países. De certo modo, a perspectiva de restrição de fontes de petróleo pode levar à um efeito cascata em diversos setores, agravando o cenário de “estagflação” em várias nações. No mais, a possível deterioração dos fundamentos domésticos contrapondo-se a alta de diversas commodities também fez parte do escopo da última sessão.

 

No cenário local, apesar da forte resiliência do real ante ao dólar, vista desde o início ano, o cenário fiscal voltou a elevar preocupações acerca da saúde financeira do país, com dois projetos que tramitam no Senado visando reduzir os custos dos combustíveis à custa de subsídios podendo impactar consideravelmente as contas públicas. Tal fator, somado ao crescente sentimento de aversão ao risco internacional, pesaram contra uma possível elevação da Selic para 13% e recente aumento do fluxo cambial estrangeiro, levando o real a depreciar na última sessão. Ainda hoje, às 9h00, há a divulgação do IPP do mês de janeiro, trazendo um novo panorama sobre a situação inflacionária no país e podendo embasar movimentações na taxa de câmbio ao longo da sessão.

 

Na perspectiva internacional, a manutenção de um cenário de alta volatilidade e crescente aversão ao risco ainda tem impactado consideravelmente os mercados globais, fundamentado principalmente pela estagnação dos avanços contra o fim do conflito no Leste Europeu. Tal impasse, além de elevar o tom em discursos como a proibição da importação de petróleo russo pelos EUA e pela UE, também refletiu no alerta de corte de fornecimento de gás pelo Nord Stream 1 por parte da Rússia, ambos podendo levar à um cenário de estagnação econômica e inflação generalizada em diversos países. 

 

Diante disso, a busca por ativos considerados mais sólidos na última sessão levou mercados globais a operarem de forma mista, com bolsas asiáticas encerrando com perdas, e hoje pela manhã futuros americanos operando sem direção definida e mercados europeus acumulando consideráveis altas na sessão, decorrendo da venda de títulos na UE. No mais, agentes ainda devem manter um olhar atento sobre o conflito no Leste Europeu nos próximos dias, sendo esse mantido como principal peso aos mercados no curtíssimo prazo.

 

Fonte: StoneX

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