Fechamento SBK22 (07/abril): 19,84 c/lb (+ 25 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,77 e 19,65
Resistência: 20,05 e 20,15
Neste momento SBK22: 20,06 (+ 22 pts)
O preço do açúcar na quinta-feira encerrou em alta após testar uma nova resistência em 20,04 c/lb. Tal movimento apresenta influência da sustentação que o açúcar encontra nos preços do etanol e os novos dados divulgados pela ISMA. Hoje, o mercado segue o movimento de alta apresentado na busca de atingir novamente a resistência testada ontem.
No mercado de combustíveis, o hidratado apresentou alta de 6,09% precificado em R$ 4,35/L (PVU em Ribeirão Preto/SP), com equivalência no NY#11 de 22,07 c/lb. O avanço em curto período reflete a preocupação dos produtores com possível aperto dos estoques de etanol diante da recuperação da demanda – em especial, influenciada pela alta dos preços da gasolina. Somado a isso, o mercado também leva em consideração o atraso de uma quinzena na moagem das usinas.
Ontem, a ISMA divulgou que a projeção de consumo de açúcar na safra atual (2021/22) é de 27,2 milhões de toneladas, registrando avanço de 3% em relação ao ano anterior, ultrapassando médias históricas. Por outro lado, as exportações devem atingir níveis recordes, uma vez que 7,2 milhões de toneladas de açúcar das usinas já foram contratados. Esse cenário reforça a possibilidade de o governo indiano limitar as exportações de açúcar esse ano em 8MMt, conforme noticiado recentemente, afim de gerir os estoques domésticos em um contexto de demanda resiliente no país. Ainda assim, consideramos que a safra atual na Índia continua firme e ampliando a vantagem em relação à safra passada a cada atualização - é um contexto que sugere disponibilidade confortável no país. Hoje pela manhã uma nova projeção, vinculada por uma instituição de comercio de açúcar na Índia, sugere produção na ordem de 35 MMt e exportação ao redor das 9MMt.
A União Europeia e EUA declararam novas sanções à Rússia após o encontro realizado em Bruxelas. Sendo estes o bloqueio de portos da União Europeia para navios russos e a proibição de exportações de produtos de alta tecnologia para o país, além disso, hoje serão publicadas novas medidas direcionadas a atores nacionais influentes. Em relação aos EUA, as seguintes restrições foram adotadas: proibição de novos investimentos na Rússia, bloqueio aos funcionários do governo russo e seus familiares, e contra instituições financeiras e empresas estatais na Rússia.
Câmbio
Fechamento (07/abr): 4,7525 (+0,77%)
Viés do dia: misto/baixista
Suporte: 4,69
Resistência: 4,85
Dollar Index: 99,93 (+0,07%)
Seguindo de uma longa sequência de quedas vista desde meados de março, o dólar emendou o terceiro pregão consecutivo de alta contra o real ao final da sessão de ontem, movimento que também ocorreu em diversos pares emergentes. Tal movimentação, além de propiciada pela aversão ao risco decorrente do conflito na Ucrânia, também tem refletido a perspectiva de elevação das taxas de juros no exterior.
A divulgação da ata do Banco Central Europeu trouxe considerável volatilidade ao mercado de divisas, com o posicionamento dos dirigentes da instituição sugerindo que a retirada de estímulos econômicos é imprescindível para conter o avanço da inflação no bloco europeu. Além disso, a postura hawkish dos dirigentes do FED, nos EUA, também corroborou com o aumento do interesse por mercados considerados mais seguros, impactando negativamente divisas de economias emergentes. Se tal perspectiva for mantida, especialmente com a consolidação da elevação dos juros internacionais, moedas emergentes deverão sofrer novas fontes de pressões no médio prazo com o carrego se suas economias se tornando menos atrativo aos investidores.
Ainda que em meio à aplicações de novas sanções contra a Rússia e o cenário de elevação das taxas de juros, bolsas europeias e futuros americanos operam próximos da estabilidade no início da sessão, enquanto mercados asiáticos encerraram com ganhos modestos. Na agenda de hoje, haverá a divulgação do relatório de estoques no atacado, nos EUA, às 11h e do IPCA de março internamente, às 9h. A inflação tem sido um importante termômetro para o apetite do BC do Brasil em continuar com viés de aumento nos juros atualmente. Uma divulgação acima da projeção anual de 10,98% e mensal de 1,28% pode influenciar na valorização do real durante a sessão de hoje.
Fonte: StoneX