Fechamento SBV22 (07/07): 18,52 c/lb (+53 pts)
Viés do dia: Alta
Suporte: 18,40
Resistência: 19,04
Neste momento SBV22: 18,79 (+27 pts)
Em mais uma sessão de alta volatilidade para as commodities e moedas, o açúcar NY encerrou o pregão de ontem próximo às máximas do dia, após ter esbarrado no suporte de 18,00 c/lb. O rompimento da média móvel de 14p em 18,40, serviu de gatilho técnico na alta do açúcar e vira agora seu novo suporte.
A recuperação do petróleo para acima dos $105/barril e o forte recuo do câmbio serviram de influência para o movimento do NY que apresentou aumento no volume de negócios acima dos últimos pregões, com os especuladores e comerciais voltando a apostar na alta. Os níveis máximos históricos atingidos no prêmio do branco durante a semana, com topos acima de $161/t mas negociados atualmente ao redor de $151/t, também incentivam o movimento atual de apetite comprador do NY.
O governo indiano estendeu o prazo para chegada de açúcar nos portos para exportação em virtude da dificuldade logísticas nos últimos dias em meio às fortes chuvas. Mais de 800k toneladas são esperadas em até duas semanas, ampliando o teto de exportação em quase 1mmt. Tal fator que deveria vir como baixista sem sendo deixado de lado com o apetite comprador influenciando mais no momento e continua a precificar no início desta manhã.
No mercado doméstico, as negociações do açúcar e do etanol seguem calmas e com baixa liquidez. O indicador Esalq/SP de açúcar segue lateral com registro a R$ 126,78. A baixa liquidez do mercado spot deve se justificar com a aceleração dos line-ups de exportação nos portos que registraram esta semana 3,6 mmt nos portos, nível superior à 2020 e o dobro do volume do ano passado quando registrava 1,8 mmt. Este escoamento do produto brasileiro, aliado ao avanço da safra no CS-BR, pode amenizar o movimento de alta do NY no curto-prazo.
Câmbio
Fechamento USDBRL (07/jul): 5,3408 (-1,34%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,29
Resistência: 5,46
Dollar Index: 107,040 (+0,08%)
Interrompendo uma sequência de cinco sessões consecutivas de alta, o dólar recuou frente ao real nesta quinta-feira, em dia marcado por recuperação do apetite ao risco nos mercados globais. Outras divisas relacionadas à commodities se beneficiaram na sessão, apesar de o Dollar Index não ceder.
Nos EUA, os principais índices acionários se recuperaram bem, em movimento marcado principalmente pela noção dos agentes de que o Fed tem sinalizado cuidado com o cenário de recessão no país. Isso significa que, mesmo com a meta de conter a inflação rapidamente, a instituição preocuparia-se em não penalizar demais a economia americana, tendo mais cautela na velocidade do arrocho monetário. Hoje na agenda, teremos a divulgação do aguardado relatório do Payroll às 9:30h, que fornecerá um diagnóstico do mercado de trabalho americano e deve estar sendo monitorado de perto tanto pela autoridade monetária americana, quanto pelo mercado como um todo.
Já no Brasil, não houve mudança de cenário - pelo contrário, aparentemente o risco país evitou que a correção de ontem vista no dolar fosse ainda maior. Ontem, o texto base da chamada PEC “Kamikaze”, que estabelece um estado de emergência para justificar a criação de novos benefícios, foi aprovado em comissão especial na câmara. Porém, por falta de quórum e receio de não aprovação, o presidente Arthur Lira decidiu a votação em plenário que também estava prevista para ontem, para a próxima terça-feira. O fato trouxe certo alivio ao mercado interno de divisas, mas o tema sensível deve seguir no radar dos agentes até sua sanção. Na agenda econômica doméstica, destaque para a divulgação do IPCA às 9h.
Fonte: StoneX