Fechamento SBK21 (08/mar): 16,20 c/lb (-20 pts)
Viés do dia: Misto/Baixista
Neste momento SBK21: 16,13 (-7 pts)
Na segunda-feira, os contratos mais próximos do NY#11 auferiram perdas, dando continuidade ao movimento de redução de spreads. O tom mais baixista da sessão refletiu tanto o mercado de petróleo, que caía 1% (Brent) no fechamento da ICE/NY, quanto o enfraquecimento do real frente ao dólar. Após o encerramento da sessão, o dólar avançou mais 7 centavos contra a moeda brasileira, o que pode explicar a continuidade do movimento de queda do adoçante hoje pela manhã.
Se, por um lado, a aproximação da nova safra no CS tem pressionado os spreads - K1-N1 e N1-V1, fecharam ontem em 0,49 c/lb (-7 pts) e 0,13 c/lb (-3 pts), respectivamente - por outro, chamamos a atenção para a possibilidade de pressão logísticas no porto de Santos, devido ao atraso nas exportações de soja nos últimos meses. No acumulado de out-fev, as exportações de soja se posicionam 64% abaixo do ano passado. O lineup de grãos em Santos encontra-se em suas máximas históricas (4.770 mil t em fev-21) e devem chegar perto de 5.260 mil t em mar-21, podendo sobrecarregar os terminais e dificultar o escoamento do açúcar brasileiro.
No mercado de combustíveis, destacamos o aumento de R$ 0,2342/L na gasolina A pela Petrobras a partir de hoje. Apesar da pressão altista, a paridade de preço já em 75,2% nas bombas de São Paulo pode limitar o movimento de alta do etanol.
Lembramos que hoje, às 11h, a UNICA divulgará o acompamanhento de safra referente a segunda quinzena de fevereiro.
Dólar
Fechamento (08/mar): R$ 5,8169 (+2,34%)
Viés do dia: Misto/Altista
Suporte: 5,76
Resistência: 5,88
Dollar Index: 91,956 (-0,39%)
Ontem, o dólar registrou alta acentuada contra o real, com cenário externo mais negativo para ativos de risco amplificado por pressões internas.
No exterior, títulos do tesouro americano continuaram em alta, refletindo a precificação de uma franca recuperação da economia dos EUA com efeitos inflacionários. Ontem, o diferencial entre os títulos de 3 meses e de 10 anos atingiu o maior patamar desde 2017, 155 pontos-base, indicando a expectativa de aumento de juros no longo-prazo.
No Brasil, além da taxa de ocupação de eleitos de UTI no maior patamar desde o início da pandemia, o ministro do STF, Edson Fachin, anulou ontem todas as condenações do ex-presidente Lula na operação lava-jato. Com isso, Lula recupera seus direitos políticos - pelo menos até que o Procurador da República recorra para que a decisão seja analisada pelo plenário do STF - e tende a se consolidar como um dos principais adversários políticos de Bolsonaro. Em meio ao caos político, a possível ascensão da oposição mais à esquerda deve prejudicar o avanço das reformas.
Hoje pela manhã, os treasuries de 10 anos apresentam queda, atingindo 1,537% após ter superado 1,6% ontem, o que confere certo alívio às bolsas internacionais. Ainda assim, o cenário local permanece sob forte incerteza, o que deve dificultar uma recuperação dos ativos brasileiros. A busca do dólar pela resistência psicológica de 6,00 parece ser apenas uma questão de tempo.
Fonte: StoneX