Fechamento SBK22 (08/mar): 19,43 c/lb (+ 16 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,40 e 19,30
Resistência: 19,50 e 19,60
Neste momento SBK22: 19,35 (- 8 pts)
Na última sessão, o contrato contínuo do NY#11 apresentou tendência altista, seguindo o movimento do Petróleo Brent - este influenciado pelas novas tensões na guerra entre a Rússia e Ucrânia, que deram suporte ao patamar de US$ 130,00/bbl.
O petróleo deu continuidade a seu rally, registrando máxima de US$133,15/bbl após declaração unilateral de Biden acerca da possível proibição de importações de óleo bruto e derivados russos. Diante disso, o governo russo defendeu a suspensão do abastecimento de gás natural nos países europeus, configurando um cenário de alto risco de crise energética na região, fator que deve seguir fornecendo suporte ao complexo energético em bolsa.
Com essa nova sanção, configuram-se riscos para o mercado de combustíveis no Brasil, diante do salto na defasagem entre os preços domésticos e internacionais. Com isso, o espaço para reajuste hoje na gasolina é de R$ 1,2378/L. Neste cenário, o etanol hidratado apresenta possibilidade de apreciação; hoje, o biocombustível tem espaço para reajuste de R$ 0,55/L.
Câmbio
Fechamento (08/mar): 5,0640 (-0,67%)
Viés do dia: misto
Suporte: 5,00
Resistência: 5,11
Dollar Index: 98,64 (-0,42%)
Na última sessão, o dólar voltou a perder força ante o real, com a divisa americana se enfraquecendo globalmente, evidenciado pela queda de 0,2% do DXY ante à véspera. O par USDBRL manteve-se sustentado durante toda a manhã, alcançando a máxima de R$ 5,09, influenciado pelo forte cenário de aversão a risco após o anúncio de novas sanções econômicas dos EUA à Rússia, mas perdeu força durante a tarde, principalmente após rumores de que a Ucrânia abriria mão de sua candidatura à OTAN, tocando a mínima de R$ 5,04, encerrando a sessão logo acima deste nível.
Ontem, o presidente Joe Biden anunciou a interrupção das importações de petróleo e gás natural russo, assim como derivados. Espera-se que os países aliados também sigam a medida, porém em ritmo menos acelerado. O Reino Unido anunciou que deve interromper as importações até o fim de 2022, ao passo que a União Europeia anunciou que a redução deve ser de 66% em um ano e 100% até 2030. Tais fatores tendem a corroborar para um cenário inflacionário global, com bancos centrais possivelmente adotando políticas monetárias e fiscais recessivas, o que deve contribuir também para um cenário de estagnação global.
No Brasil, na última sessão foi divulgado o IPP referente ao mês de janeiro, indicando alta de 1,18% nos preços aos produtores durante o mês, 25,51% durante o ano. Na próxima semana, o COPOM se reunirá para decidir os novos passos para conter o avanço da inflação no país, principalmente após a escalada dos preços das commodities mundialmente, com a maior expectativa de que a Selic seja elevada em 0,75 p.p. Nas últimas sessões, após romper o suporte de R$ 5,00 há duas semanas, as mínimas intradiárias do real se apresentaram cada vez mais elevadas, o que pode indicar certa limitação na entrada de dólares no curto prazo, com agentes também aguardando a decisão do FOMC marcada para o dia 16.
Fonte: StoneX