(09/08/22) StoneX: Açúcar & Etanol

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(09/08/22) StoneX: Açúcar & Etanol

09/08/2022

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Fechamento SBV22 (08/ago): 17,96 c/lb (+2 pts)
Viés do dia: Altista
Suporte: 17,45 / 17,27
Resistência: 18,17 / 18,50

Neste momento SBV22: 18,02 c/lb (+6 pts)

 

Após falhar na tentativa de romper a resistência marcada pela média móvel de 20 dias na região de 18,15, o açúcar em NY encerrou a sessão de ontem praticamente estável, mesmo em meio à alta do petróleo e queda do dólar.

 

Na Índia, o governo oficializou a permissão de 1,2 MMT adicionais aos 10 MMT de açúcar estabelecidos como teto às exportações de açúcar do país. Até setembro, então, os produtores indianos podem exportar o correspondente a 11,2 MMT de açúcar, fator que adiciona certa pressão ao mercado. Contudo, as expectativas reduzidas de produção para a próxima safra, especialmente em meio às chuvas escassas na região de Uttar Pradesh, podem limitar quedas mais acentuadas no curto/médio prazo.

 

Além disso, a recente mudança de patamar dos preços do petróleo, que opera agora na casa de US$ 96/barril, somada a desvalorização do dólar, tem contribuído com a queda da gasolina em R$, abrindo espaço para redução de mais de R$ 0,40/litro no preço da gasolina A e adicionando pressão baixista ao mercado físico de etanol, que já se encontra com liquidez bastante reduzida, reforçando as expectativas de mix mais açucareiro nas próximas quinzenas do CS.

 

Apesar das pressões baixistas, as usinas tem se mantido firmes nas pedidas, na expectativa de preços melhores.  Ontem, as indicações na região de Ribeirão Preto ficaram na média de R$ 3,16/l (com ICMS) (porém com poucas indicações de negócios), equivalente a 17,00 c/lb, importante nível de suporte ao mercado de açúcar.


 

Câmbio 

Fechamento (08/ago): 5,1124 (-1,02%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,07
Resistência: 5,25
Dollar Index: 106,155 (-0,26%)

 

Tendo encerrado a sessão de ontem com um deslize próximo aos 5,10, o dólar emendou seu quarto pregão consecutivo de queda frente ao real após a elevação da Selic, também refletindo a antecipação do mercado frente às divulgações previstas para a semana. Isso, além de observado com a ampliação de posições compradas de real futuro na CME, pelo relatório da CFTC, também pôde ser visto com o forte fluxo cambial a adentrar a bolsa brasileira, com investidores estrangeiros participando em 26,4% das compras na primeira semana de agosto e mantendo um saldo positivo no período.

 

Dando sequência ao fortalecimento do real  decorrente do contexto interno brasileiro, a agenda de hoje contará com a Ata do Copom e a divulgação do IPCA, esperado com retração de 0,65%, às 8h e 9h, respectivamente. O documento e o índice de preços têm sido aguardados com significativa ansiedade pelo mercado, visto que a sinalização de que a curva de juros atingiu um pico pode beneficiar a atratividade da renda variável, bem como mitigar movimentos de carry trade ao Brasil, deixando o dólar sob viés misto hoje. Ainda assim, o cenário ambíguo deverá ser esclarecido ainda na manhã dessa sessão, com investidores remontando posições a depender de teor das divulgações.


 

No contexto global, o dia de hoje também será palco da divulgação do IPC e IPP chinês, às 22h30 da noite, tendo seus reflexos medidos nas bolsas americanas e brasileira somente na sessão de amanhã. Ainda assim, as métricas de inflação são vistas como forte fonte de interesse do mercado, com ambas divulgações sendo projetadas indicando o avanço dos preços aos consumidores e produtores na segunda maior economia do mundo. No caso da projeção se concretizar - elevando significativamente a percepção de risco do mercado - investidores internacionais podem voltar a buscar refúgio em moedas fortes, como o dólar, assim reforçando pressões contra paridades emergentes como o real e seus pares. 

 

Hoje, mercados asiáticos encerraram sem viés definido, com índices europeus seguindo um movimento semelhante ao início da sessão. Nos EUA, futuros operam em leve alta, com investidores aguardando uma nova rodada de resultados corporativos dos setores têxtil e de linhas aéreas, revelando impactos da escalada dos preços em dois setores de forte elasticidade. O tom das divulgações devem influencia o humor dos investidores, podendo provocar certa volatilidade no mercado acionário dos EUA e, possivelmente, com reflexos nos mercados de divisas.

 

Fonte: StoneX

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