Fechamento SBN22 (09/06): 19,29 c/lb (+31 pts)
Viés do dia: misto/baixista
Suporte: 18,82 e 18,67
Resistência: 19,44 e 19,76
Neste momento SBN22: 19,18 (- 11 pts)
No pregão de ontem, o açúcar NY voltou a se fortalecer, rompendo alguns suportes importantes e voltando a ser negociado acima dos 19,20, acima também da média móvel de 200d. O açúcar bruto recuperou fôlego e ativou o gatilho comprador após ter atingido mínima de quatro semanas a 18,82 com o mercado ainda refletindo o aumento na expectativa de produção da Índia e potencial corte dos impostos no combustível no Brasil.
Finalizado o terceiro dia de rolagem dos fundos index, o mercado ampliou o forte movimento de rolagem com mais de 81k lotes negociados entre TAS e spreads que combinado com o forte movimento comprador puxou o spread N-V de -25 para -17 elevando o volume total de negócios para 285k lotes. No fechamento do mercado o spread foi cotado em -22.
Hoje às 11h teremos a publicação dos dados de acompanhamento de safra da UNICA referente a 2ª quinzena de maio, onde veremos um avanço mais consistente da safra estimado pela StoneX de 40,7 mmt de moagem na quinzena, sendo avanço de 19% antes quinzena anterior. O clima mais seco no período tem favorecido neste avanço. Com isso, o ATR deverá apresentar ganho na quinzena, mas ainda com defasagem estimada de 3,5% a 132,9 kg/t frente ao ciclo anterior. Neste contexto também estimamos uma maior produção de açúcar devendo chegar a 2,2 mmt no período. Porém, uma persistência do atraso da moagem, produção de açúcar e ATR prejudicado pode apimentar o viés de alta do mercado. Com o noticiário internacional sem emoções no dia de ontem, alguns agentes podem ter se posicionado antecipadamente, ante uma expectativa pessimista para esse relatório, que estará nos holofotes do mercado na sessão de hoje.
A China voltou a fazer novas medidas de lockdown da Covid-19 em Xangai ativando novo recuo na cotação do petróleo, que recuou ontem 0,7%, mas que ainda se mantém em níveis próximo às máximas de 3 meses. Também ventilam no noticiário uma maior demanda de açúcar pela China, possivelmente reflexo das restrições no país aumentando a demanda pelo adoçante que se concretizada esta informação, deverá segurar quedas mais acentuadas na cotação internacional.
Câmbio
Fechamento (09/jun): 4,9160 (+0,52%)
Viés do dia: Altista
Suporte: 4,81
Resistência: 5,00
Dollar Index: 103,455 (+0,23%)
Em mais uma sessão volátil nesta quinta-feira, influenciada principalmente por dados domésticos de inflação e aversão ao risco ao redor do globo, o dólar seguiu avançando frente ao real e encerrou acima da marca dos R$ 4,90, maior nível em 3 semanas. O desempenho da divisa americana foi similar frente à praticamente todos os pares, especialmente puxado pela fraqueza do Euro.
No Brasil, a sessão abriu repercutindo a leitura do IPCA de maio, que registrou avanço de 0,47%, abaixo das expectativas (0,60%) e bem distante da leitura anterior (1,06%); inicialmente, o movimento foi de favorecimento do real por conta da perspectiva de recuperação econômica do país. Por outro lado, o arrefecimento dos índices de preços da ao mercado a noção de que o ciclo de altas da Selic deve estar próximo do seu fim. Apesar de sinalizado em ata, e com opções do Copom apontando para 71% de chance do aumento de 0,5% na próxima quarta (15), este deve ser o ajuste final na taxa básica de juros, o que deve apertar o spread e diminuir operações de carrego cambial no segundo semestre, podendo levar a fuga de capital estrangeiro do país.
Na União Europeia, foi divulgada ontem a decisão de política monetária do BCE. A instituição decidiu por novamente não elevar os juros no momento, mas deixou pré contratados aumentos de 0,25 pp na taxa nas próximas reuniões, em Julho e Setembro, o que acelerou as perdas das emergentes em detrimento de divisas fortes como o Euro. Eventualmente, comentários da presidente do Banco, Christine Lagarde, foram vistos como muito “leves” em relação ao combate à inflação, e acabaram virando o sinal do Euro durante a tarde, que perdeu quase 1% frente ao dólar e acabou puxando em grande parte o desempenho da dívida americana.
Hoje, as bolsas europeias operam em queda repercutindo o iminente ciclo de aperto monetário no bloco. O grande acontecimento no mercado de moedas será a divulgação dos números do IPC nos EUA às 9:30h, que deve calibrar definitivamente as expectativas quanto à decisão do Fomc na semana que vem; o Dollar Index segue em seu firme avanço apresentado ontem, indicando que a sessão pode ser novamente de fragilidade de ativos arriscados.
Fonte: StoneX