Fechamento SBV22 (09/ago): 17,98 c/lb (+2 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 17,85 / 17,75 / 17,50
Resistência: 18,07 / 18,13 / 18,50
Neste momento SBV22: xx c/lb (+x pts)
Nesta terça-feira, o mercado de açúcar se manteve contido em estreito intervalo de oscilação, em pregão de consolidação, marcado por baixo volume negociado. Em NY, o demerara seguiu testando região de resistência importante, localizada na zona dos 18,00-18,15 c/lb, sem força para um rompimento. Nesta manhã de quarta-feira, os futuros operam no momento acima desta região. Caso consigam se sustentar acima desta barreira entendemos que possam ganhar força adicional, porém ainda contida, dado principalmente o enfraquecimento observado no mercado de etanol.
Negócios de hidratado já são vistos ao redor de R$ 3,10/l em Ribeirão Preto (com impostos). Dessa forma, a paridade com o açúcar desceu ainda mais, e já dá um equivalente de 16,79 c/lb nesta região. Uma volta do dólar para os R$ 5,30, por exemplo, poderia levar esta paridade a recuar ainda mais, para 16,25 c/lb. Neste contexto entendemos que muitos produtores seguirão priorizando o açúcar no Centro-Sul, o que deve inclusive se refletir nos dados da UNICA que serão divulgados hoje às 11 hs, onde poderemos ver o mix açucareiro atingindo os 48%.
Os números devem mostrar também aumento do ATR e da moagem, a qual estimamos que poderá ter superado os 49 MMT na quinzena. Com isso deveremos ter redução da defasagem acumulada da produção de açúcar, que na metade de julho era de -17%.
A redução da oferta de açúcar até o momento tem dado suporte aos preços do mercado interno. Mesmo com a queda do preço da bolsa em reais, os preços domésticos se mantêm firmes, pouco abaixo dos R$ 130/sc (com 7%). A título de comparação a exportação com os atuais patamares de mercado remunera o equivalente a R$ 121/sc (com 7%). Com o progressivo aumento da disponibilidade de açúcar poderemos ver os preços locais se enfraquecendo um pouco, acompanhando a tendência externa.
Câmbio
Fechamento (09/ago): 5,130 (+0,32%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,05
Resistência: 5,27
Dollar Index: 106,27 (-0,08%)
A sessão de ontem foi marcada por leves oscilações do dólar ao longo do dia, fechando em leve alta. Este movimento lateralizado reflete a cautela dos agentes econômicos, que aguardam os dados de inflação nos EUA que serão divulgados hoje às 9:30am, além do Balanço Orçamentário Federal (15:00pm) e dos Estoques de Petróleo (11:30am).
O cenário de aversão ao risco, que pressiona os investidores a buscarem ativos mais seguros, foi impulsionado pela queda de ontem nas bolsas americanas e pela possibilidade do FED precisar aumentar as taxas de juros caso o os EUA permaneçam enfrentando uma inflação contínua. É esperado pelo mercado que a inflação tenha perdido força e aumente em apenas 0,2pp, número bastante baixo quando comparado aos 1,3pp do mês passado. Tal expectativa está relacionada recente aumento dos juros, e, caso se concretize, será um fator baixista ao dólar pois afasta novas perspectivas de que o FED realizará fortes aumentos na taxa de juros americana. No fundo, a maior preocupação do mercado é quanto a um cenário de "estaginflação", em que há um aumento generalizado dos preços concomitante à diminuição das atividades econômicas.
Ontem foram divulgados dados muito importantes para a economia brasileira, principalmente no que tange às perspectivas para a política monetária do Banco Central. Observou-se uma deflação de 0,68% através do IPCA, a mais baixa desde janeiro de 1980, influenciada principalmente devido às reduções de preços dos combustíveis e ao aumento da taxa básica de juros (Selic). Com isso, foi descrito na Ata do Copom que não há mais interesse do BC em realizar mais reajustes à Selic, atualmente em 13,75% a.a indicando um maior controle sobre a inflação no curto-médio prazo. Assim, a ata veio em linha com as expectativas do mercado e pode impôr suporte à novas quedas do dólar frente ao real neste mesmo período.
Fonte: StoneX