Fechamento SBK22 (10/mar): 19,10 c/lb (+ 16 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,00 e 18,50
Resistência: 19,20 e 19,30
Neste momento SBK22: 19,16 (+ 6 pts)
Na última sessão, o contrato contínuo do NY#11 apresentou elevada volatilidade com a divulgação de reajuste dos preços da gasolina pela Petrobras, o aumento foi de R$ 0,6093/L e para o diesel foi de R$ 0,8990/L. No caso da gasolina, tal aumento contribui para a valorização do etanol e dependendo dos valores futuros do petróleo e reajustes da Petrobrás, as usinas de açúcar do Brasil poderiam vir a alterar o mix de moagem de cana para a produção de etanol, reduzindo assim a oferta de açúcar na safra 2022/23 (abr/mar).
Nos níveis atuais dos preços do açúcar e cotação do dólar o valor do adoççante equivale a R$ 3,9000/L de etanol hidratado, o que tende a gerar suporte para os preços em NY já que o etanol nas usinas subiu após a divulgação da Petrobrás e está sendo vendido a R$ 4,0000/L base Ribeirão Preto.
No Centro-Sul, até o dia 08/03, foram registrados 34,9 mm de preciptação e há projeção de 103,51 mm até o dia 25/03, acumulando 138,41mm no mês e ultrapassando a média de 10 anos em 10,19%. A previsão para o restante de março é marcada pela diminuição no nível de chuvas, criando possível cenário propicio para inicio de moagens em rítmo lento.
No mercado de combustíveis, após a divulgação de aumento nos preços da gasolina e diesel, ocorreu a valorização do hidratado em 3,89%, conforme mencionado anteriormente precificado em R$ 4,00/L (PUV em Ribeirão Preto/SP), enquanto isso, o anidro manteve o valor do dia anterior, precificado em R$ 3,60/L. É esperado que o hidratado siga a linha de valorização diante da alta na gasolina para o consumidor final.
Câmbio
Fechamento (10/mar): 5,0189 (+0,14%)
Viés do dia: misto
Suporte: 5,00
Resistência: 5,05
Dollar Index: 98,569 (+0,61%)
Durante uma sessão de considerável volatilidade, o dólar avançou discretamente diante do real e afastou-se da barreira psicológica dos 5,00 no dia de ontem. O movimento baixista para o real refletiu principalmente o reajuste interno do preço dos combustíveis e a perspectiva de aceleração das taxas de inflação no exterior, em partes motivada pela duração do conflito na Ucrânia e pelas diversas sansões trazendo impactos sobre o preço de diversas commodities.
No cenário local, a Petrobras divulgou um reajuste de 18,7%, 24,9% e 16% na gasolina, diesel e gás de cozinha respectivamente, assim elevando receios quanto a aceleração da inflação e dos juros no país visto que a matriz modal brasileira depende consideravelmente de tais combustíveis. Ainda assim, o Senado decidiu por adiar novamente a discussão sobre os subsídios aos combustíveis, sendo tal decisão não muito bem-vista aos olhos do mercado, com agentes acreditando que isso poderia a abalar significantemente a credibilidade fiscal brasileira. Ademais, ainda hoje teremos a divulgação do IPCA de fevereiro, que mesmo não englobando a totalidade dos impactos provocados pelo conflito na Ucrânia, deverá trazer um novo panorama sobre a situação econômica brasileira e, consequentemente, impactar o mercado de divisas.
Na perspectiva internacional, a decisão do Banco Central Europeu sobre a repentina redução dos estímulos visando conter o avanço da inflação repercutiu consideravelmente no mercado, levando ao entendimento de que o Fed também deverá revisitar suas projeções de inflação em breve. Tal cenário também embasou a apreciação do dólar e euro na última sessão, com a perspectiva da elevação dos juros nos EUA e zona do euro atraindo investidores interessados no carrego dos ativos atrelados aos juros locais. Diante desse contexto, agentes ainda devem aguardar a reunião do Fed na próxima semana, antes aguardada com aumento de 0,25 p.p. na taxa de juros, para um novo parecer da situação econômica dos EUA, devendo influenciar consideravelmente a taxa de câmbio no curtíssimo prazo.
Nas sessões de hoje, mercados asiáticos encerraram majoritariamente em baixa, ao passo que bolsas europeias somam ganhos e futuros americanos operam em estabilidade. Mesmo que os mercados ainda repercutam os possíveis impactos do prolongamento do conflito no Leste Europeu e a aplicação de severas sanções contra a Rússia, a divulgação de diversos dados como o crescimento do PIB e da produção industrial no Reino Unido trouxeram significativo suporte aos índices europeus durante a sessão de hoje, sugerindo que a economia do país tem se recuperado mais rápido que o esperado. Tal cenário pode ainda refletir na apreciação de moedas consideradas mais seguras, eventualmente pressionando o real durante a sessão de hoje.
Fonte: StoneX