Fechamento SBK22 (08/abril): 20,41 c/lb (+ 57 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,84 e 19,67
Resistência: 20,45 e 20,70
Neste momento SBH22: 20,10 (- 31 pts)
Após avanço expressivo no contrato contínuo do NY#11 na sexta-feira, ao testar novas resistências na faixa dos 20,00 c/lb, o mercado inicia esta semana em baixa, acompanhando a movimentação do petróleo Brent, que opera agora em queda de quase 3,0%.
O final de semana foi marcado por novos ataques russos à Ucrânia e descoberta de novas valas com civis, o que aciona situação de alerta frente a agenda dos direitos humanos. Diante da situação, a OTAN iniciará nessa semana o envio de armas pesadas para Ucrânia. Ademais, Boris Johnson - primeiro-ministro britânico – realizou encontro com Zelensky na Ucrânia afim de ratificar o apoio do Reino Unido e seu desejo por impor mais sanções à Rússia. Diante disso, o aumento da pressão entre os países e o distanciamento de um acordo gera possível suporte nos preços das commmodities.
De volta ao cenário local, Até o dia 06/04 foram registrados 19,7 mm de precipitação no Centro-Sul brasileiro, com projeção de 83,87 mm para os próximos 15 dias, número que já ultrapassa em cerca de 44% a média histórica para todo o mês. Assim, abril apresenta alto potencial de ultrapassar a média dos últimos 10 anos, o que pode reforçar as expectativas de postergação no início da safra na região – que já apresenta atraso de pelo menos uma quinzena.
No mercado de combustíveis, o hidratado encerrou a semana com alta de 7,22%, precificado em R$ 4,45/L (PVU em Ribeirão Preto/SP com impostos). Esse avanço reflete a preocupação de possível aperto dos estoques de etanol e atraso na moagem das usinas. Nas bombas do estado de São Paulo, a gasolina e o etanol ficaram na média de R$ 6,866/L (-R$ 0,011/l) e R$ 4,756/L (+R$ 0,039/l) na última semana, respectivamente, levando a paridade nas bombas a subir de 68,59% para 69,27%.
Câmbio
Fechamento (08/abr): 4,6989 (-1,13%)
Viés do dia: misto/altista
Suporte: 4,59
Resistência: 4,81
Dollar Index: 99,90 (+0,10%)
Após cinco semanas de ganhos do real ante o dólar, o par USDBRL voltou a ganhar força, valorizando-se 0,85% na semana. Ainda assim, durante a semana, o par alcançou a cotação mínima de R$ 4,57, mas teve seu comportamento revertido após a divulgação da ata de decisão de política monetária do FED, que trouxe consigo maiores perspectivas sobre a aceleração do ritmo do aperto monetário nos EUA frente a inflação recorde. Tal fator, somado ao ambiente de aversão a riscos com a continuidade da guerra entre Rússia e Ucrânia, impulsionaram a atratividade da moeda americana, com o DXY encerrando a sessão cotado em 99,8 pontos, maior valor desde 2020 e acumulando +1,2% durante a semana.
No Brasil, os ganhos da moeda americana foram limitados após a divulgação da inflação no país. O IPCA apontou para o avanço de 1,62% nos níveis dos preços em março, maior valor da série para o mês desde 1994, acumulando 11,3% no período de 12 meses - impulsionada sobretudo pelo avanço dos preços dos combustíveis. O cenário deve pressionar o Banco Central no sentido de reconsiderar a estratégia de encerrar o ciclo de alta nos juros no próximo encontro, podendo assim fortalecer a divisa brasileira.
No exterior as negociações entre Rússia e Ucrânia devem se estender após a identificação de possíveis crimes de guerra cometidos pelo Kremlin na cidade de Bucha, o que levou a uma nova rodada de sanções à Rússia, com a União Europeia proibindo as importações de carvão mineral do país, assim como exportações de materiais de alta tecnologia. Os EUA também excluíram a Rússia e Belarus do caráter de “parceiro econômico preferencial”, podendo aplicar outros tipos de tarifas à esses países. Desse modo, o cenário de menor apetite ao risco permanece, oferecendo suporte à divisa americana.
Hoje, os mercados asiáticos encerraram a sessão majoritariamente em queda, com as bolsas chinesas liderando as perdas após a divulgação da inflação anual em 8,3%. Bolsas europeias e futuros americanos também operam no campo negativo, com agentes aguardando próximas resoluções sobre o conflito no Leste-Europeu e novos dados sobre o avanço da inflação nos EUA, que deve ter o IPC divulgado amanhã.
Fonte: StoneX