_Fechamento SBV21 (10/ago): 19,59 c/lb (+112 pts)_
_Viés do dia: Misto_
_Suporte: 19,00_
_Resistência: 19,80_
_Neste momento SBV21: 19,41 (-18 pts)_
O pregão da terça-feira foi de fortes emoções, com o açúcar NY alcançando máxima intradiária de 19,75 c/lb ainda pela manhã. O rally de mais de 6% foi iniciado ainda na prévia ao relatório da UNICA, que forneceu um tom mais altista para o mercado apesar de alguns dados já serem esperados, e este foi sustentado pela pressão compradora de specs e fundos num quadro de poucos vendedores. Chamou atenção também a expressiva valorização dos spreads, com o V1-H2 subindo 19 pontos (-0,35 c/lb).
Foi destaque a quebra de produtividade agrícola (TCH) apontada pelo relatório, tanto em relação ao mesmo mês da safra 2020/21 (-17,9%) quanto no comparativo acumulado safra-a-safra (-12,5%), refletindo parte dos efeitos das geadas que atingiram uma safra já danificada pela seca. Todavia, a entidade não deu detalhes mais profundos dos impactos das baixas temperaturas, reafirmando que mais evidências serão obtidas nas próximas quinzenas.
Hoje, as cotações amanhecem com uma leve correção, mas ainda longe de reverterem a alta de mais de 100 pontos. Veremos ainda alguns dias para o mercado digerir as informações do Brasil, antes de entendermos se foi um movimento exagerado ou realmente demonstrando a escassez da oferta no curto prazo, visto através de recompra de posições pelas usinas.
Neste contexto, o indicador CEPEA/Esalq renovou sua máxima nominal histórica e encerrou à 121,72 (aumento diário de +1,79%), ainda mais pressionado diante dos temores com a safra no CS. Por sua vez, o etanol emenda seu 4º dia de fortalecimento, encerrando à R$ 3,79/L para o hidratado, segundo o indicador StoneX (PVU em RP-SP) o que equivaleria a 18,31 c/lb em preços de NY, fornecendo suporte para as cotações de açúcar.
Câmbio
_Fechamento (10/ago): R$ 5,1903 (-0,86%)_
_Viés do dia: Misto/Baixista_
_Suporte: R$ 5,10_
_Resistência: R$ 5,27_
_Dollar Index: 93,168 (+0,12%)_
Na terça-feira, o dólar iniciou a sessão em leve alta, mas encerrou em queda ante o real, refletindo principalmente a divulgação da ata do Copom. O comitê reforçou uma postura mais hawkish (favorável ao aperto monetário) e sinalizou que pode elevar a Selic para além do patamar neutro a fim de conter a aceleração inflacionária, o que favoreceu a atratividade da divisa brasileira. Ainda, o fato de o IPCA ter acelerado de 0,53% em junho para 0,96% em julho corrobora com a perspectiva de alta mais forte da taxa de juros básica.
Ainda no cenário local, o noticiário político foi marcado pelo desfile de veículos blindados das Forças Armadas em frente ao Palácio do Planalto, pela manhã, no mesmo dia de votação da PEC que busca instaurar o voto impresso na Câmara. O projeto foi rejeitado e arquivado, indicando a perda de força e desgaste do Presidente após mais uma tensão política, o que pode afetar sua governabilidade.
No exterior, o plano de US$ 1 trilhão em infraestrutura de Biden foi aprovado no Senado dos EUA e agora será enviado para a Câmara. Como reflexo, ontem bolsas operaram no positivo enquanto o dólar se valorizava ante outras divisas. Hoje, bolsas internacionais amanhecem sem sentido definido e o dollar index avançada levemente. As atenções estarão voltadas para a divulgação do IPC de julho nos EUA, às 09h30, que deve balizar expectativas para os próximos passos do Fed.
Fonte: StoneX