Fechamento SBH22 (10/nov): 19,60 c/lb (-30 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,52~19,32
Resistência: 19,90~20,13
Neste momento SBH22: 19,78 (+18 pts)
A quarta-feira foi de tom mais negativo para os futuros do açúcar, com o cenário macroeconômico de maior aversão ao risco unindo-se ao quadro dos fundamentos da commodity e todos os contratos tanto do #11 quanto do #5 fechando em queda.
No Brasil, a UNICA divulgou o seu acompanhamento de safra referente à segunda quinzena de outubro: os números vieram relativamente dentro do esperado pelo mercado, confirmando o encerramento antecipado da safra. Resta saber o quanto dessas informações já estavam precificadas e como o mercado se comportará à medida que adentramos na entressafra, uma vez que o número da moagem para a quinzena (17,02 MMT) foi o menor da série histórica desde 2003, o que pode fornecer suporte ao adoçante em bolsa. Ainda assim, ressaltamos que as atividades de campo foram prejudicadas por muitas chuvas, o que deve levar a uma maior produção em novembro.
Já na Ásia, notícias mistas ainda podem exercer influência na sessão de hoje: isso porque cada vez mais casas de análise enxergam que a recuperação da safra tailandesa do atual ciclo deve trazer o número de exportações do país de volta a patamares mais altos, com aumento de até 67% em relação à safra anterior apontado recentemente pela Czarnikow, número bastante próximo ao que vínhamos apontando (~ 6,6 MMT). Na Índia, a notícia é altista para o açúcar, uma vez que Nova Dehli determinou o aumento do preço de todas as matérias-primas para a produção do etanol, numa tentativa de estimular ainda mais a produção do biocombustível.
Hoje, apesar do Dollar Index em leve alta, a sessão parece ser de correção das baixas de ontem para os futuros do petróleo, com movimento similar sendo observado no NY#11.
Câmbio
Fechamento (09/nov): 5,4940 (+0,012%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,40
Resistência: 5,67
Dollar Index: 95,053 (+0,21%)
Ontem o dólar index apresentou alta de 0,94% em meio à divulgação da inflação ao consumidor dos EUA acima das expectativas do mercado, registrando alta mensal de 0,9% e 6,2% no acumulado de 12 meses, o que gerou stress nos mercados, dada a perspectiva da necessidade de aperto monetário pelo FED. Ainda assim, o real manteve-se em queda por boa parte da sessão, alcançando mínima de R$5,4367, diante da percepção de aumento da taxa de juros no país e resoluções em torno da PEC dos Precatórios. No fim do dia, porém, o quadro foi revertido para alta do dólar ante o real, uma vez que a levantou-se a notícia de que a chinesa Evergrande havia declarado falência.
Após a votação da suspensão dos pagamentos pelo “orçamento secreto” no STF, a PEC dos Precatórios foi aprovada no final da terça-feira no segundo turno na Câmara por 323 deputados a 172, o que levou a uma aceitação do mercado diante da expectativa de uso do capital para injeção no Auxílio Brasil. Além disso, ontem, tivemos a publicação do IPCA de outubro com alta de 1,25%, levando a 10,67% no acumulado de 12 meses. O dado levou a nova alta nos juros fururos, e já leva alguns agentes do mercado a estimar uma alta de até 2 p.p. da Selic na reunião do Copom de dezembro. Com isso, o impacto dobre o câmbio ganhou uma conotação mais baixista.
As bolsas asiáticas tiveram resultados variados nesta madrugada, com um novo desfecho da incorporadora Evergrande em que a mídia chinesa, Cailanshe, reportou que os detentores de títulos da empresa receberam seus pagamentos. Tal resultado pode apresentar um cenário de menor agitação cambial diante das declarações, porém, as incertezas ainda são grandes frente à situação.
Na agenda de hoje, às 09:00, teremos a divulgação dos dados de vendas no varejo mensal e média anual brasileira que diante do impacto da taxa inflacionária apresenta perspectiva de queda. Além disso, no mesmo horário, teremos a divulção estadunidense do relatório mensal da OPEP.
Fonte: StoneX