Fechamento (10/11): 5,34 (+3,24%)
Viés do dia: misto
Suporte: 5,20
Resistência: 5,40/5,50
Dollar Index: 107,34 (-0,68%)
Quinta-feira foi um dia marcado por importantes divulgações de dados econômicos e por aversão do mercado às palavras e escolhas de Lula, que assumirá a presidência no dia primeiro de janeiro. Ambos deram suporte ao par dólar/real que subiu mais de 4%, maior disparada percentual diária desde a explosão da pandemia (março/2020).
O cenário brasileiro atual vem causando volatilidade com as incertezas do próximo governo. Ainda sem definição do ministério, Lula está focando a atenção na constituição da equipe de transição, onde anunciou ontem que Guido Mantega integrará ao time, causando extremo pessimismo ao mercado e fazendo o USDBRL disparar no final da sessão. Além disso, a PEC que visa permitir um maior gasto governamental (para principalmente, manter o auxílio em R$600 e reajustar o salário-mínimo) do que o proposto pelo Teto de Gastos no ano que vem, preocupa ainda mais os investidores. Fora o cenário político, também tivemos a divulgação da inflação brasileira que rompeu o ciclo de deflação de 3 meses e veio acima do esperado, +0,59% (MoM).
No cenário internacional, a divulgação de dados norte-americanos ontem, como CPI e pedidos iniciais de seguro-desemprego, abalou o mercado. De um lado, o CPI veio abaixo do projetado e de outro, os pedidos por seguro-desemprego, vieram acima, indicando que o aperto monetário está controlando a inflação, mas desvalorizou a moeda local em uma projeção de que não haja mais tanta elevação de juros no país.
Os mercados globais amanheceram positivos na manhã de hoje, valorizados pelo CPI dos EUA e pela flexibilização das restrições à covid na China, que aumentam o apetite por risco dos investidores.
Fonte: StoneX