Fechamento SBK21 (11/mar): 16,36 c/lb (+40 pontos)
Viés do dia: Misto/Baixista
Neste momento SBK21: 16,25 c/lb (-11 pts)
Marcada por um cenário macro favorável, com tanto o Real quanto os futuros do Petróleo se fortalecendo, a quinta-feira foi movimentada para os futuros do açúcar demerara em NY, que tiveram outra sessão de ganhos ao longo de toda a curva: se na quarta os contratos de vencimento mais distante tiveram melhor desempenho, ontem foi a vez dos contratos mais próximos registrarem as altas mais acentuadas.
Durante a sessão, o contínuo operou em volatilidade, com picos altistas que pareceram ser ajustados por cobertura de posições short quando certos níveis de estresse eram atinigidos. Nesse contexto, os Spreads mais próximos recuperaram as perdas das vésperas, com o K-N fechando a 0,47 c/lb (+4 pts) e o N-V a 0,14 c/lb (+3 pts).
No Brasil, usinas no Centro-Sul já deram início aos trabalhos de moagem da temporada 2021/22, e a visão geral do mercado é que esse movimento seja visando aproveitar os bons preços do etanol hidratado no mercado interno, o que deve ser fator de suporte para o adoçante. Apesar disso, o volume pluviométrico previsto para a região nas próximas semanas é considerável, o que pode atrasar o início do processo para outras unidades.
No mercado de combustíveis, os futuros do Petróleo avançaram com vigor ontem em meio ao enfraquecimento do dólar somando-se à expectativas de que o excesso de oferta nos EUA não deve se prolongar muito, o que suportou as cotações do açúcar. Mas vale salientar que hoje as cotações do Petróleo encontraram resistência e operaram em baixa nas bolsas asiáticas, o que pode indicar uma correção da commodity na sessão global.
Dólar
Fechamento (11/mar): R$ 5,5396 (-2,34%)
Viés do dia: Misto/Altista
Suporte: 5,46
Resistência 5,65
Dollar Index: 91,863 (+0,48%)
Conforme anunciado na véspera, o Bacen realizou novo leilão de swap cambial ontem na ordem de US$ 1bi, o que somado à aprovação da PEC emergencial em 2° turno na Câmara e a um ambiente de ampla liquidez e tomada de risco no exterior, levou o real a liderar os ganhos contra o dólar entre as principais moedas do mundo.
Surpreende a mudança de estratégia da autoridade monetária, que realizou leilão mesmo em meio a um tom mais positivo no mercado, podendo gerar uma sobrevalorização do real e levar investidores a apostarem em uma correção nas próximas sessões. Entretanto, ressaltamos que tal movimento deve ser mais tímido, uma vez que espera-se maior cautela até que a decisão do Copom sobre a taxa Selic na semana que vem dê maiores indicações sobre a manutenção de uma postura dovish ou de retomada do ciclo de alta dos juros para combater a inflação, cujo indicador IPCA de fevereiro acumulou alta de 0,86%, contra 0,72% esperados.
Ressaltamos que a aprovação da PEC Emergencial não contribui para um controle de gastos de fato, ao menos nos próximo ano, já que segundo cálculos da IFI, o limite de gasto com despesa obrigatória da União só deve ultrapassar 95%, marca necessária para acionamento de gatilhos, em 2025. Além disso, conforme esperado, foi aprovado o destaque que permite a progressão de carreiras no setor público. Ainda assim, podemos ver um impacto positivo da PEC, já que ela abre caminho para um novo auxílio emergencial, liberando a agenda legislativa para a votação de importantes reformas, conforme adiantou o presidente da Câmara, Arthur Lira.
Bolsas internacionais operam em queda está manhã, com a alta dos juros de longo-prazo da economia americana, sendo mais um fator que pode levar a uma correção do câmbio.
Fonte: StoneX