Fechamento SBN22 (11/maio): 18,55 (+ 1 pts) c/lb
Viés do dia: Misto
Suporte: 18,42 e 18,28
Resistência: 18,71 e 18,86
Neste momento SBN22: 18,32 (- 23 pts)
Ontem, o mercado encerrou em equilíbrio, em uma busca por recuperação das perdas da semana e acompanhando em parte o movimento de alta do Brent (+5,05%). No Petróleo, a alta valorização ocorreu diante da suspensão do envio do gás natural russo que passa pela Ucrânia para a Europa devido à interferência dos combates, tornando o trabalho do operador de transmissão insustentável. Já para o Açúcar, hoje é retomado o movimento de queda diante das expectativas de retomada do nível de produção do CS e projeção de superavit global das safras 21/22 e 22/23 das demais casas na “Sugar Week”.
A USDA prevê um aumento no nível de produtividade da safra 2022/23 na China, com a produção de 10 MMT de açúcar, alta de 4,16% em relação à atual (2021/22). A produção chinesa de açúcar advêm 85% da cana e a projeção de recupeção está conectada ao aumento no nível de chuvas nas regiões de plantio canavieiro. Além disso, outro fator é a expectativa de redução das restrições de locomoção para conter o COVID e reestabelecimento de consumo interno. Entretanto, os produtores de cana têm alguns desafios como a mão de obra reduzida, mecanização limitada e aumento da competição de outras culturas.
A partir do dia 16 até os dias 20 e 21 de maio é esperada queda de 5° à 10° na temperatura ao redor do Centro-Sul com risco de geadas. Diante disso, tem-se a preocupação de como essa adversidade climática deve afetar os canaviais, desde o atraso no processo de colheira da cana ou até interferência no processo de plantio. Sendo São Paulo o estado com maior possibilidade de incidência das geadas e a região com maior atraso de início da moagem da safra atual (2022/23), o cultivo local pode ser prejudicado.
Câmbio
Fechamento (11/mai): 5,1384 (+0,09%)
Viés do dia: misto/altista
Suporte: 5,08
Resistência: 5,24
Dollar Index: 103,9120 (+0,06%)
Após uma breve pausa no avanço do dólar na terça-feira, a moeda americana retomou fôlego e encerrou a última sessão em leve alta frente a véspera, em um movimento generalizado contra diversas outras divisas. Em grande parte, a apreciação do dólar ainda reflete a piora do humor internacional quanto ao avanço dos índices de inflação nos EUA, elevando cada vez mais as expectativas de um ciclo de aperto monetário mais acelerado no país e minando ganhos de ativos considerados de maior risco como o real.
Internamente, novos ruídos sobre um possível reajuste nos salários do funcionalismo público e comentários sobre o teto de gastos também contribuíram para as perdas da moeda nacional ontem. A despeito disso, a divulgação do IPCA de abril no maior patamar visto nos últimos 26 anos volta a colocar em xeque o fim do ciclo de aperto aos 12,75%, podendo contribuir com suporte ao real caso a expectativa se concretize na próxima reunião do Copom.
Nos EUA, a divulgação do CPI acima do esperado pelo mercado impulsionou as compras e consequente apreciação do dólar no mercado internacional. Além disso, hoje as 9h30 serão divulgadas os dados de Pedidos Iniciais por Seguro Desemprego e o IPP de abril, que podem trazer novas perspectivas quanto o nível de atividade econômica e ao avanço da inflação no país, ambos podendo impactar no mercado de divisas durante a sessão.
Hoje, bolsas asiáticas encerraram em queda, ao passo que futuros americanos e mercados europeus também acumulam baixas na sessão. O movimento, bem como visto na depreciação do real, reflete a expectativa quanto ao avanço dos juros nos EUA, retirando capital dos mercados de capitais de modo geral. Além disso, com a divulgação do CPI em 8,3%, analistas do mercado tem demonstrado dificuldades de projetar um teto para a curva da inflação nos EUA, gerando um cenário misto para o avanço da paridade cambial no curtíssimo prazo.
Fonte: StoneX