Fechamento SBV23 (11/07): 23,53 (+9 pts)
Viés do dia: misto
Suporte: 23,16
Resistência: 23,69
Cotação neste momento (SBV3): 23,43 (-10 pts)
O açúcar continua negociando em intervalo estreito e com baixo volume. Nesta terça-feira o out23 de NY testou a resistência da região dos 23.60 c/lb pelo sexto pregão seguido, sem força contudo para um rompimento.
Dados divulgados na manhã de ontem pela UNICA trouxeram produção de açúcar inferior ao previsto, reflexo de moagem e ATR menores que o esperado. Como resultado, o mercado - que caia no momento da divulgação - reverteu tendência e encerrou o dia em alta.
Nesta manhã os futuros operam próximos de estabilidade. Um rompimento da média móvel de 100 dias, localizada em 23.69 c/lb poderia abrir espaço para que o preço volte a buscar os 24 c/lb na tela de out23 de NY. Da mesma forma, mais uma tentativa frustrada poderia abrir espaço para que as cotações voltem a recuar.
Um fator que chama a atenção é o fortalecimento recente do prêmio do branco, especialmente nesses dias que antecedem a expiração do contrato de agosto do refinado. O açúcar de Londres inclusive intensificou sua inversão. Sinal de trade flow ainda apertado? A entrega física será um bom termômetro com relação a isso.
Outro ponto que tem sido destaque é o fortalecimento do mercado de petróleo e derivados. Ontem o Brent ultrapassou os USD 79/barril, alcançando seu maior valor negociado desde 2/mai. O mercado tem reagido ao corte de produção da Arábia Saudita e redução das exportações anunciadas pela Rússia e Argélia, e a um dólar mais fraco globalmente. Os derivados têm acompanhado, de modo que cálculo do PPI sugere que a Petrobras teria espaço para aumentar o preço do diesel e da gasolina, em respectivamente, R$ 0,29/l e R$ 0,16/l. Contudo, pelas sinalizações recentes dadas pelos dirigentes da Companhia, neste momento parece pouco provável que esses reajustes ocorram.
Neste contexto o etanol segue negociando na bacia das almas. Ontem negociações de hidratado chegaram a ocorrer abaixo de R$ 2,60/l (PVU com impostos em Ribeirão). Este valor caso repassado às bombas (o que é duvidoso) traria a paridade na média do estado de SP abaixo dos 65%. Contudo, este patamar já está abaixo do custo de produção de muitas usinas, o que pode indicar que estamos perto de piso para esse mercado, com muitos players já se retirando das negociações.
Fonte: StoneX