Fechamento SBV22 (09/09): 18,22 c/lb (+ 29 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 18,27 e 18,13
Resistência: 18,01 e 17,81
Neste momento: 18,25 (+3 pts)
Na última sexta-feira o contrato contínuo do açúcar realizou expressiva alta, num rally em que foram negociados 378 mil contratos, em meio ao segundo dia oficial de rolagem de posições dos fundos index. A curva futura do açúcar auferiu ganhos, mas o contínuo liderou absoluto, refletindo alto prêmio de exportação, com um prêmio do branco extremamente fortalecido ao redor de 185 USD/ton. A combinação desses fatores levou o spread V/H a ser negociado em 0,45 c/lb na última sessão, máxima já renovada hoje, quando a média dos últimos 5 anos para esse período é de um carrego de 72 pontos.
O relatório do CFTC referente às posições dos agentes na última terça (06) - mostrou um aumento relevante de 13.828 contratos no saldo vendido dos fundos especulativos que ficou em 25,4 mil lotes. Durante o período analisado pelo relatório o contrato contínuo recuou 12 pontos. Já os comerciais, tiveram uma significativa redução do seu saldo vendido, amortecendo o movimento spec, atingindo 157.060 contratos (-16,4 mil contratos na semana). O provável movimento de fixação por parte dos consumidores trouxe ao mercado suporte, fortalecendo o viés de uma demanda de curto prazo mais fortalecida.
A negociações de petróleo nessa manhã operam com certa volatilidade. Isso porque o mercado do óleo bruto operava em queda no início da manhã com expectativa de novos aumentos de taxas de juros e preocupação com demanda chinesa, que teve seu consumo anual retraído pela primeira vez desde 2002. Porém as incertezas que ainda rodam no campo da oferta reverteram o sentimento do mercado que opera em alta de 1%, isso devido as negociações nucleares iranianas parecem atingir obstáculos e um embargo aos embarques de petróleo russo se aproxima.
Hoje, com exceção do contrato de outubro, a curva futura do açúcar tenta corrigir um pouco os ganhos da última sessão. Porém, o movimento continuado de alta do petróleo, as telas de Londres que operam hoje em alta, e um possível movimento baixista de câmbio (DXY cai 0,7%) podem reverter o movimento.
Câmbio
Fechamento (09/set): 5,1487 (-1,28%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,09
Resistência: 5,22
Dollar Index: 108,107 (-0,82%)
Na última semana, o dólar emendou sua quarta queda consecutiva, atingindo negociações novamente abaixo dos 5,15. O movimento refletiu a melhora do apetite por risco nos mercados internacionais, juntamente com a alta nos preços de commodities importantes para o Brasil, como o minério de ferro e café, o que também levou especuladores a maior compra líquida do real nos últimos seis meses, de acordo com o CFTC.
Na madrugada de hoje, o Reino Unido divulgou importantes métricas sobre a situação econômica do país. O PIB de julho, ainda que abaixo da projeção, mostrou 2% de crescimento no acumulado de 12 meses, devolvendo parte das perdas de 1,6% vista anteriormente. Ainda assim, a produção industrial ficou significativamente abaixo da projeção de 0,4%, mostrando na verdade recuo de -0,3%, o que pode vir a pesar contra o apetite por risco hoje. No mais, hoje também teremos o discurso de Isabel Schnabel, membro BCE, (9h), podendo trazer alguma volatilidade aos mercados no decorrer da sessão.
Nesta manhã, mercados internacionais operam majoritariamente em alta, no início de uma semana que será marcada por dados de inflação nos EUA e Europa. O movimento é liderado por um ajuste após consecutivas quedas vistas no decorrer da última semana e também refletindo o maior apetite por risco dos investidores. Apesar disso, Janet Yellen, secretária do tesouro dos EUA, afirmou ontem que o país pode enfrentar um risco de recessão devido a desaceleração econômica, o que pode limitar as altas de hoje. Bolsas asiáticas permanecem fechadas em decorrência do feriado do Festival da Lua.
Fonte: StoneX