Fechamento SBH22 (11/nov): 20,12 c/lb (+52 pts)
_Viés do dia: Misto _
Suporte: 19,78 e 19,50
Resistência: 20,15 e 20,31
Neste momento SBH22: 19,99 (-13 pts)
Os futuros do açúcar apresentaram ganhos substanciais na quinta-feira, com alta de 2,15% em NY e de 3,08% em Londres. O dia foi de recuperação após o selloff da véspera, amparada tanto por um real mais forte quanto por fundamentos mais altistas para os principais players.
Na Índia, o governo segue sinalizando a prioridade da meta de 20% de mistura de etanol na gasolina, reforçada pelo aumento dos preços das matérias primas do biocombustível. A aprovação do subsídio à exportação de açúcar se mostra mais difícil e, se ocorrer, não será na mesma magnitude vista anteriormente. Todavia, tais preocupações pesam mais sobre o médio e longo prazo, visto que após o arrefecimento dos preços de açúcar no mercado interno indiano (atualmente em 32,5 INR/kg), o breakeven sem subsídios encontra-se próximo de 19,50 c/lb, de modo que ainda há espaço para uma correção em NY.
No tocante ao clima, o IRI/CPC atualizou suas projeções para a ocorrência e intensidade de La Niña, que tende a causar anomalias negativas nas precipitações sobre o Centro-Sul brasileiro e elevar as chuvas nos players do hemisfério norte, como Tailândia e Índia, e prejudicar as operações por lá. A ocorrência do fenômeno é inegável e apesar de sua intensidade ser projetada como fraca, há 66% de chances de este ser moderado entre jan-mar, trazendo incerteza quanto a precipitação no primeiro trimestre do ano que vem. Todavia, no curto prazo, chuvas dentro da normalidade são esperadas no CS, de modo que se a previsão até dia 26 de novembro pode alcançar 93% da média mensal histórica, cenário que pode evitar altas mais fortes em NY.
Hoje, o NY#11 apresenta correção da forte alta observada ontem, na esteira do Brent que perde 1,22%. Primeiro suporte é visto em 19,78 c/lb e, se rompido, 19,50 c/lb é o próximo patamar, ainda mantendo-se dentro do canal lateral.
Câmbio
Fechamento (11/nov): 5,4045 (-1,70%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,32
Resistência: 5,55
Dollar Index: 95,15 (-0,03%)
Ontem o real apresentou forte valorização ante o dólar, apresentando um dos melhores desempenhos entre as principais moedas no mundo e alcançou a mínima intradiária de R$ 5,3888, mas finalizou a sessão em R$ 5,4045, menor patamar desde o início de outubro. Perspectivas de resoluções no cenário doméstico impulsionaram a divisa brasileira.
O comportamento baixista do real acontece logo após a aprovação da PEC dos precatórios no segundo turno na Câmara. Agora o projeto vai ao Senado, para votação final da emenda. A perspectiva de aprovação da PEC alivia o cenário doméstico, reduzindo as incertezas sobre as estratégias do governo para dar prosseguimento ao Auxílio Brasil. Além disso, a divulgação do IPCA na quarta-feira indicando a aceleração da inflação no país, pode alterar a estratégia do Banco Central; deste modo, os agentes esperam uma elevação mais acentuada na taxa de juros na próxima reunião do COPOM, dia 7 e 8 de Dezembro, estendendo um tom baixista para a divisa.
O dólar index se fortaleceu na última sessão, alcançando a máxima em 15 meses. O avanço da divisa americana ante seus principais pares se dá após a divulgação de dados relacionados a inflação nesta semana, apontando para aceleração dos preços no país. Sendo assim, os agentes esperam as avaliações do Fed sobre a elevação da taxa de juros no país, o que fortalece o dólar. No entanto, a elevação da taxa só deve começar no próximo ano, com a preocupação dos diretores do Fed em desestimular a criação de novos empregos caso adote a política de elevação da taxa.
Hoje as bolsas asiáticas apresentaram ganhos no geral, puxadas pelo setor de tecnologia nos países. Futuros americanos operam no positivo e bolsas europeias seguem em estabilidade, ainda absorvendo dados melhores que o esperado da produção industrial em setembro (-0,2% ante -0,5% previsto).
Fonte: StoneX