Fechamento SBH22 (12/jan): 18,34 c/lb (+23pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 18,20 e 18,05
Resistência: 18,50 e 18,70
Neste momento SBH22: 18,30 (-4 pts)
Na quarta-feira, o NY#11 continuou o movimento de alta após as perdas acentuadas no início da semana. Na última sessão, o contrato contínuo do demerara atingiu a máxima de 18,47 c/lb, fechando 13 pts abaixo desse nível. O movimemento se deu na esteira das correções no nível de preços, do fortalecimento do Brent (+1,13%), que voltou a alcançar os US$ 85,00/barril em determinado momento da sessão – o que tende a fortalecer o preço dos combustíveis e reverter a produção ao etanol no próximo ciclo – e, também, na valorização do real, desestimulando as exportações do açúcar brasileiro. Hoje, o mercado de açúcar abriu em leve queda nas telas mais próximas, movimento de correção às altas da última sessão.
Cotações do petróleo Brent retomaram os níveis pré-ômicron à medida que a demanda segue se recuperando em ritmo mais acelerado do que a oferta, com a redução dos estoques semanais nos EUA de 4,55 milhões de barris (vs. expectativa de 2,1 milhões), de acordo com relatório DoE. Incertezas quanto à capacidade da Opep+ cumprir as cotas de produção pressionam o óleo bruto. Com isso, o preço do etanol pode voltar a se valorizar nas próximas semanas, dado que a liquidez segue reduzida ao redor dos R$ 4,00/L para o hidratado em RP/SP (PVU com impostos).
No Brasil, a UNICA divulgou seu relatório de acompanhamento da safra com os dados da 2a quinzena de Dezembro. O relatório apontou 12 usinas em operação durante o período, com 6 unidades focando a produção exclusivamente para o etanol de milho, ao passo que as demais não apresentaram produção de açúcar, indicando o fim próximo da moagem no ciclo. O diretor da UNICA ainda aponta que algum volume deve ser produzido em março, mas ainda assim muito inferior aos últimos anos, fator que deve dar suporte ao preço do açúcar no curto prazo.
O relatório de chuvas no Centro-Sul até dia 10/01 foi atualizado e apontou o nível da precipitação em 88,71 mm. Com a de previsão de que até 25/01 ainda ocorra na região 85,41 mm, a precipitação pode alcançar 174,12 mm antes do fim de janeiro, superando a média de 10 anos.
Câmbio
Fechamento (12/jan): 5,5204 (- 0,95%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,47
Resistência: 5,64
Dollar Index: 94,840 (- 0,07%)
Na quarta-feira, o dólar apresentou segundo dia de queda ante o real, encerrando o dia praticamente na mínima intradiária. A continuidade do movimento de queda se deu mesmo com a divulgação da inflação dos EUA um pouco acima das expectativas (0,4%), marcando 0,5%, o que levou o acumulado de 12 meses à marca de 7%. O movimento de enfraquecimento do dólar foi global, com o dólar index caindo 0,70% e demais emergentes também se apreciando.
O tom mais ameno e sem estipular prazos para um aperto monetário mais radical do discurso do presidente do FED na terça contribui para este cenário, ainda que apenas pontualmente, já que a persistente alta inflacionária pressiona o FED, o que tende a manter os R$ 5,50 como um suporte do câmbio. Nos EUA, hoje, a partir das 10:00h, teremos a continuídade dos discursos dos membros do FED diante. Além disso, 10:30h, teremos a divulgação do Índice de Preço dos Produtores (IPP), com projeção de 0,5% marcando uma queda de 0,2 pp. em relação ao mês de novembro e dados sobre pedidos iniciais de seguro-desemprego, com projeção de queda de 3,5% em relação a última semana de dezembro.
O tema da nova variante tem apresentado intenso debate no globo. No Brasil, foi registrado 88,4 mil novos casos em 24 hrs e essa semana a média móvel do número de casos subiu 325%. O número de casos ao redor do mundo , com destaque nos EUA, Europa e Austrália, batem redordes diante da variante Ômicron e retomam diversos alertas de mobilidade.
Diante do aumento no número de casos de COVID ao redor do mundo e alta da inflação nos EUA, as bolsas asiáticas fecharam todas em queda na quinta-feira, com destaque as bolsas chinesas. Na mesma tendência, na Europa, o índice Stoxx 600, recua 0,1%, sendo o setor de saúde, o principal fator no recuo.
Fonte: StoneX