Fechamento SBN21 (12/maio): 17,84 c/lb (-26 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 18,25
Resistência: 17,35
Neste momento SBN1: 17,41 (-43 pts)
Numa sessão turbulenta para diversos ativos ao redor do globo, os futuros do NY#11 registraram quedas ao longo de toda sua curva futura nesta quarta-feira, com as maiores baixas no contínuo e nos contratos a partir de Jul/23. O movimento, além da influência sofrida pela pressão inflacionária americana, foi também uma correção das fortes altas da véspera, em resposta à sobrecompra que alguns indicadores mostravam.
Com o forte retorno recente dos specs comprando no mercado, abre-se o espaço para correções dessa magnitude diante de desmonte de posições. Seguindo este fluxo, o SBN1 inicia o dia seguindo uma tendência fortemente baixista.
No Brasil, houve a divulgação do acompanhamento de safra da UNICA referente à segunda quinzena de Abril, que evidenciou fortemente os impactos do clima mais seco sobre o Centro-Sul: foi registrada uma produção acumulada de açúcar 28,51% menor no comparativo safra a safra, além de queda de 10,7% na produtividade.
Para o etanol o relatório trouxe uma produção 20,13% inferior ao ciclo passado, porém confirmou o cenário de atratividade do biocombustível, com vendas de 1,44 bilhão de litros de etanol hidratado no mês de Abril, de maior retomada; o número é 16,27% superior ao do mesmo período no ano passado. O indicador StoneX encerrou com um hidratado estabilizado à R$ 3,70/L (PVU RP-SP).
Dólar
Fechamento (12/maio): R$ 5,3053 (+1,55%)
Viés do dia: Baixista
Suporte: R$ 5,22
Resistência: R$ 5,45
Dollar Index: 90,800 (+0,13%)
A quarta-feira foi um dia de susto nos mercados globais, diante de dados de inflação americana bem acima do esperado: a perspectiva de novos estímulos governamentais futuros diminuiu, e nesse esteira o dólar se apreciou diante de praticamente todos os seus pares. Ante o real, a divisa americana registrou a maior alta diária em quase duas semanas, retornando à um patamar não visto desde o último dia 05/05.
O Índice de Preços ao Consumidor americano avançou 0,8% em Abril, gerando uma alta acumulada de doze meses de 4,2%, nível mais alto desde setembro de 2008; o que foi ainda mais alarmante quando se observa o núcleo do índice (onde excluem-se os bens voláteis), onde o acréscimo mensal foi o maior dos últimos 39 anos e posicionou o acumulado a 3%, muito acima da meta de 2% do FED. Além da forte alta provocada nos rendimentos dos treasuries de vencimentos de médio e longo prazo, o que fortalece o dólar, os dados trazem expectativa de que a autoridade monetária do país possa agora rever sua forward guidance.
No cenário interno, a CPI da COVID-19 contribuiu para um ambiente volátil nas negociações tanto do mercado acionário quanto do mercado cambial. O relator da comissão no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL) pediu a prisão do ex-secretário de Comunicação Social da Presidência da República, Fabio Wajngarten, por supostamente mentir à comissão; o pedido, contudo, foi rejeitado pelo presidente da CPI. Na esteira dos acontecimentos no Brasil e no exterior, o Ibovespa caiu 2,65%.
Hoje, bolsas asiáticas e europeias seguem operando no vermelho, o que pode indicar mais uma sessão de aversão ao risco globalmente. No radar, os dados do Índice de Preço ao Produtor (IPP) nos EUA pode, como ontem, ser ponto de estresse para o mercado cambial, junto aos pedidos por Seguro-Desemprego no país. Ambos os dados serão divulgados às 9h30 de Brasília.
Fonte: StoneX