Fechamento SBV22 (12/07): 18,69 c/lb (-17 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 18,60 / 18,45 / 18,00 / 17,70
Resistência: 18,90 /19,02
Neste momento SBV2 18,80 (+11 pts)
Nesta terça-feira o mercado financeiro operou em tom bastante negativo influenciado por receios com relação à economia global e casos de Covid em alta na China, que levaram o dólar a renovar suas máximas e commodities a operar em baixa. Perto do comportamento de outras commodities (como do petróleo, que caiu aprox. 8%, voltando a negociar abaixo dos USD 100/barril – tanto WTI como Brent), o açúcar teve queda suave de menos de 1% na maior parte dos contratos.
Enquanto out/22 do NY recuou 0,9%, cotado a 18,69 c/lb, o contrato de ago/22 do refinado subiu 1,3%, finalizando o dia a US$ 578,90/ton. O mercado invertido em Londres é sinal de relação de O&D ainda apertada, o que também é refletido no elevado prêmio do branco (Londres-NY), que atingiu USD 130/ton (contratos de out-22). O patamar alto do prêmio do branco estimula o refino e dá sustentação ao açúcar bruto em NY, o que pode estar por trás da queda modesta do mercado em dia tão negativo.
Outro destaque da terça-feira foi a divulgação do relatório da UNICA, com impacto mais neutro sobre o mercado. A moagem da segunda quinzena de junho ficou abaixo do esperado (41,876 MMT) ao passo que houve melhora do ATR e do TCH. Também se verificou aumento do mix açucareiro da quinzena. Destacamos que a StoneX divulgará suas estimativas de safra atualizadas nesta quinta-feira (14/jul).
Por fim destacamos a aprovação em primeiro turno do texto-base da PEC 15/2022 (“PEC Kamikaze”) ontem na Câmara dos Deputados. A previsão é que a sessão seja retomada hoje para análise dos destaques e votação em segundo turno. Se aprovada, a PEC deverá trazer redução do ICMS do hidratado e compensação a estados que derem benefícios fiscais a produtores de etanol. No que tange a proporcionalidade do ICMS, o impacto varia a depender do estado. Em SP por exemplo, ameniza em R$ 0,16/l a queda do etanol provocada pela redução dos impostos federais e do ICMS da gasolina.
Nesta quarta-feira o mercado dá uma pausa no sentimento de aversão ao risco, gerando correção de preços nos mercados de petróleo e açúcar. Porém preços ainda seguem vulneráveis a novas quedas no curto-prazo.
Câmbio
Fechamento (12/jun): 5,4388 (+1,14%)
Viés do dia: Misto/altista
Suporte: 5,25
Resistência: 5,48 e 5,55
Dollar Index: 108,336 (+0,29%)
Em mais um dia marcado por temores de uma recessão global, em meio à dados fracos na Europa e mais medidas restritivas à circulação na China em seu combate à COVID-19, divisas emergentes tiveram desempenho similar ao da maioria das commodities nesta terça-feira: negativo; foi assim para o real.
Na Alemanha, os dados mais fracos do que o esperado de um importante índice de atividade econômica, o ZEW, determinaram a fraqueza da moeda comum no continente. O índice marcou -58,3 (ante expectativa de -38,3; dados maiores que 0 marcam otimismo econômico e vice versa), e vem num momento em que a maior economia do bloco se vê diante de uma crise energética, e com temores de que a Rússia não retome o fornecimento de gás à Europa após o período de manutenção do Nordstream 1.
Nesse cenário o Euro chegou à inusitada marca de paridade de 1 para 1 frente o dólar, e só reforça a já esperada hipótese de que a divisa americana se consolidaria como o ativo de proteção global no caso de uma recessão e em meio à taxas de juros ascendentes nos EUA. Sobre este tema, o IPC no país, a ser divulgado hoje às 9:30h, deverá ser determinante para a decisão da próxima reunião do FOMC. A possibilidade de a inflação seguir renovando seus picos de 40 anos, admitidas pelo próprio presidente Biden, devem reforçar a perspectiva de um aumento de 0,75pp na reunião de 27/07, o que forneceria ainda mais suporte ao dólar.
Ontem à noite foi aprovada em primeiro turno no plenário da Câmara a PEC nº 15, conhecida como PEC dos auxílios, que deve ter custo total de R$ 41,2 bilhões. A votação em segundo turno deve ocorrer na sessão de hoje, e o tema sensível pode pressionar o par USDBRL ainda mais para cima.
Fonte: StoneX